Veja que irregularidades foram encontradas no CT do Fla que incendiou
Dez atletas do Flamengo menores de idade morreram no alojamento
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Uma semana após o incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, que matou dez atletas das categorias de base do clube, quatro irregularidades já foram apresentadas pela Prefeitura do Rio e pelo Corpo de Bombeiros.
Além das dez vítimas, outros três jogadores foram socorridos e encaminhados ao hospital. Cauan Emanuel, 14, recebeu alta na segunda-feira (11), enquanto Francisco Dyogo, 15 deixou o hospital em que estava internado nesta sexta-feira (15).
O único que permanece internado é Jonathan Cruz Ventura, 15. Ele está no setor de queimados do hospital Pedro II, em Santa Cruz, e seu estado de saúde é estável, tendo apresentado melhora no quadro respiratório.
Ainda nada foi esclarecido sobre causa do incêndio. O Flamengo se pronunciou duas vezes através do presidente Rodolfo Landim, que não respondeu a perguntas, e pelo diretor executivo do clube Reinaldo Belotti
Confira as irregularidades apontadas até agora
Área não tinha licença para alojar pessoas
Segundo a Prefeitura do Rio, a área onde os jogadores estavam instalados tinha licença para funcionar como um estacionamento. O clube não pediu autorização para instalar contêineres onde os jogadores estava instalados.
O que diz o Flamengo - Reinaldo Belotti, diretor executivo do clube, não negou a falta de licenças, mas não deu detalhes.“Isso não tem nada a ver com o acidente”, afirmou. “Temos providências a tomar para que o CT seja legalizado. Estamos trabalhando para isso. Precisávamos de 9 certificados, já temos 8. E estamos finalizando com os bombeiros para conseguir esse último alvará”, completou.
Multas em atraso
Por determinação da Secretaria de Fazenda, a Prefeitura do Rio lacrou o CT do Flamengo em outubro de 2017. Segundo a Prefeitura do Rio, o clube decidiu reabrir o centro de treinamento em 2017, mesmo depois de ter sido lacrado. A decisão de lacrar o local foi tomada após o clube ter sido multado 31 vezes por falta de alvará de funcionamento. O Flamengo pagou 10 e deixou de pagar 21, ainda de acordo com a Prefeitura.
Bombeiros não vistoriaram o local -
O alojamento não foi vistoriado pelos Corpos de Bombeiros. A corporação informou que a a vistoria é realizada sempre no projeto de segurança apresentado pelo clube. No entanto, "a estrutura provisória não constava no projeto e não foi identificada nas áreas vistoriadas".
O que diz o Flamengo - O Flamengo não se pronunciou sobre o assunto
Bombeiros pedem novo projeto de segurança -
Após vistoria realizada na última terça-feira (12) --quatro dias após o incêndio-- o Corpo de Bombeiros notificou o CT do Flamengo para apresentação de um novo projeto de segurança contra incêndio e pânico e manutenção dos dispositivos existentes.
O que diz o Flamengo: Em nota, o clube afirmou que acompanhou a vistoria e tomará todas as providências em relação aos pontos que foram observados pelos órgãos públicos. E reitera que seguirá à disposição de toda e qualquer autoridade ou órgão envolvido na apuração das causas da tragédia que vitimou atletas da categoria de base do Clube na manhã da última sexta-feira.
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