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Austrália terá salários iguais para seleções masculina e feminina

Federação anunciou paridade entre categorias, que também dividirão renda publicitária

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RFI

As jogadoras da seleção feminina da Austrália vão receber o mesmo salário que os jogadores da equipe masculina. O acordo divulgado nesta quarta-feira (6) pela Federação Australiana de Futebol (FFA) é um passo importante para a igualdade de gêneros no esporte.

As Matildas, como são chamadas as jogadoras profissionais australianas, terão direito às mesmas condições de trabalho que os Socceroos, como são apelidados os homens. Além de receber o mesmo salário mínimo que os jogadores, viajarão, como eles, somente de classe executiva.

A conquista está assegurada em uma convenção coletiva assinada hoje e que terá a duração de quatro anos. Durante este período, Matildas e Socceroos vão dividir igualmente os 24% das receitas publicitárias geradas pelo futebol australiano, destinadas aos atletas.

Jogadoras da Austrália comemoram gol contra o Brasil pela Copa do Mundo de 2019 - Jean-Paul Pelissier - 13.jun.2019/Reuters

"O futebol é o esporte de todo o mundo e esta nova convenção coletiva constitui um passo a mais em direção à adoção de valores de paridade, integração e igualdade de chances", declarou Chris Nikou, presidente da FFA.

Mundial feminino revelou disparidades

A paridade conquistada pelas jogadoras australianas também é resultado da batalha pela igualdade de direitos no futebol lançada durante a última Copa do Mundo Feminina na França. Durante o Mundial, realizado entre junho e julho de 2019, a disparidade de tratamento entre homens e mulheres no esporte mais popular do planeta ficou evidente.

Em entrevista à RFI, a meio de campo australiana Elise Kellond-Knight comemorou o acordo. Ela disse que ele testemunha "respeito" às mulheres e é a realização de um "sonho".

O diretor-geral da FFA, David Gallop, diz que a paridade salarial foi possível porque os Socceroos aceitaram dividir a renda com as jogadoras. Para o capitão da seleção australiana, Mark Milligan, as mulheres obtiveram "o que merecem".

O diretor-geral da Associação dos Jogadores Profissionais do país, John Didulica, fala em contrato "único" no mundo do futebol. Ele espera que a decisão australiana sirva de exemplo a "todas as federações, permitindo que elas aproveitem a incrível oportunidade social e comercial que representa o futebol feminino".

O anúncio acontece no momento em que a seleção feminina da Austrália se preparam para enfrentar o Chile, no próximo final de semana, por uma vaga nas Olimpíadas de Tóquio. As "Matildas" devem entrar em campo ainda mais motivadas.

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