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Cobiçado pelo Flamengo, Mundial paga menos que Copa do Brasil

Baixo atrativo financeiro deverá mudar em 2021, com novo modelo de disputa

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São Paulo

Sonho do Flamengo para a temporada, o Mundial de Clubes tem valor esportivo que não é condizente com a parte financeira. A premiação para o torneio é o calcanhar de Aquiles da competição da Fifa, que será reformulada a partir de 2021 e expandida para 24 equipes.

O time que for campeão neste ano receberá 5 milhões de euros (R$ 23 milhões). Apenas pelo título brasileiro, sem contar dinheiro de televisão e bilheteria, o Flamengo embolsou R$ 18 milhões.

Jogadores do Flamengo comemoram a conquista da Libertadores deste ano sobre o River Plate - Mariana Bazo-23.nov.19/Xinhua

Para o Liverpool, o valor é mais irrisório ainda. O título europeu conquistado em maio fez a agremiação inglesa receber 19 milhões de euros (R$ 87,2 milhões). Se considerada toda a campanha da Champions League, ficou com 110 milhões de euros (R$ 505 milhões).

Em comparação aos torneios disputados pelo Flamengo em 2019, o Mundial oferece menos recompensas financeiras do que copas na América do Sul.

Por ganhar a Copa do Brasil deste ano, o Athletico-PR teve direito a R$ 52 milhões. Pelas classificações no decorrer do torneio, a soma chegou R$ 64 milhões. Se levado em consideração apenas o prêmio pela conquista do título, é a competição mais lucrativa do futebol sul-americano.

Após derrotar o River Plate na final da Libertadores, o Flamengo recebeu R$ 50 milhões. Mas o acumulado da Copa ficou em R$ 80 milhões para o time carioca.

A premiação do Mundial ainda é resquício da Copa Intercontinental, disputada de 1960 a 2004. Até 1979, era realizada em jogos de ida e volta entre o campeão da Libertadores e o da Copa da Europa (atual Champions League) e tinha recompensas financeiras simbólicas.

“A verdade é que esse torneio não passava de uma aventura que dependia de um estranho consenso e que os clubes interessados aceitassem arriscar muito por pouco dinheiro”, chegou a afirmar o diário espanhol Mundo Deportivo ao recordar a competição.

A partir de 1980, o Intercontinental (reconhecido pela Fifa como Mundial) passou a ter o patrocínio da Toyota, com a decisão em partida única e sempre jogada em Tóquio.

Era um evento barato para o patrocinador, que oferecia um carro para o melhor em campo e US$ 200 mil (R$ 828,4 mil em valores atuais) para cada um dos participantes.

O Mundial começa nesta quarta-feira (11), com a partida da primeira fase entre Al Sadd (QAT) e Hienghène (Nova Caledônia), às 14h30 de Brasília. O SporTV transmite ao vivo. Quem vencer será adversário do Monterrey (MEX) nas quartas de final.

“A expansão da Copa do Mundo de Clubes é uma chance para o futebol em todos os sentidos. Não apenas na competição, mas para patrocinadores e audiência ao redor do mundo”, disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino, em março deste ano.

Patrocinadores e maior audiência do redor do mundo significam dinheiro. A entidade que administra o futebol comemora o interesse que o torneio deste ano vai despertar.

No Reino Unido, os direitos de transmissão foram comprados pela BBC, mas não há um número estimado de quantas pessoas verão os jogos de Liverpool e Flamengo. Para a Fifa, o melhor na parte comercial é que esses dois clubes decidam o título.

A final entre Europa e América do Sul deveria ser a regra, pela questão técnica. Mas não tem sido assim. Nos últimos seis anos, três vezes o representante latino não chegou à decisão. River Plate-ARG (2018), Atlético Nacional-COL (2016) e Atlético-MG (2013) perderam nas semifinais.

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