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Descrição de chapéu Futebol Internacional

Narrações de futebol em inglês mostram viés racial, afirma estudo

Jogadores brancos são geralmente retratados como mais inteligentes e esforçados

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Shrivathsa Sridhar
Bengaluru | Reuters

Os comentaristas de televisão elogiam jogadores com a pele mais clara como mais inteligentes e esforçados do que aqueles com a pele mais escura, mostrou um estudo da empresa dinamarquesa RunRepeat em associação com a Associação de Futebolistas Profissionais (PFA).

O estudo analisou 2.073 declarações de comentaristas de língua inglesa em 80 jogos da temporada 2019-2020 nos campeonatos principais de Itália, França, Espanha e Inglaterra. Foram avaliados 643 jogadores de várias raças e tons de pele.

Raheem Sterling, do Manchester City, é uma das principais vozes do futebol inglês contra o racismo - Julian Finney - 25.jun.2020/Reuters

A análise revelou que jogadores com tons de pele mais escuros eram “significativamente mais propensos” a serem reduzidos a suas características físicas ou habilidades atléticas, como ritmo e força.

Cerca de 62% dos elogios foram direcionados a atletas com pele mais clara, enquanto 63,33% das críticas foram àqueles com pele mais escura.

“Para abordar o impacto real do racismo estrutural, precisamos reconhecer e abordar o viés racial. Este estudo mostra um viés evidente na maneira como descrevemos os atributos dos jogadores de futebol com base em sua cor de pele”, afirmou Jason Lee, executivo da PFA Equalities.

“Os comentaristas ajudam a moldar a percepção que temos de cada jogador, aprofundando qualquer preconceito racial já contido pelo espectador. É importante considerar o alcance dessas percepções e como elas afetam os jogadores de futebol, mesmo quando terminam suas carreiras de jogador.”

“Se um jogador tem aspirações de se tornar técnico/dirigente, é uma vantagem injusta dada aos jogadores que os comentaristas costumam chamar de inteligentes e aplicados, quando essas opiniões parecem resultar de preconceito racial?”

O estudo ocorre em meio a protestos em todo o mundo contra a desigualdade racial após a morte de George Floyd, um homem negro que morreu sob custódia policial na cidade norte-americana de Mineápolis, em 25 de maio.

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