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Descrição de chapéu Seleção Brasileira

CBF espera aval do Ministério da Saúde para receber vacinas da Conmebol

Entidade sul-americana repassará 5.000 doses à confederação caso haja permissão do governo

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São Paulo

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) aguarda um posicionamento do Ministério da Saúde para saber se poderá utilizar as doses de vacinas doadas pela Conmebol, entidade máxima do futebol sul-americano, para imunizar jogadores da seleção e de clubes do país.

A confederação procurou o órgão federal depois que o Comitê Olímpico do Brasil (COB) também entrou em negociação para que os atletas que irão aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio sejam incluídos no grupo prioritário.

Para incluí-los no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 (PNO), o Ministério da Saúde terá que emitir uma nota técnica. A assessoria de imprensa do ministério confirmou as tratativas.

“Estamos consultando a possibilidade de se fazer, assim como tem sido discutido o sistema de vacinação do COB, uma normatização para vacinar os atletas, principalmente que vão disputar a Copa América, e dos clubes, hoje, em competições com jogos fora do país também”, diz à Folha Jorge Pagura, coordenador médico da CBF.

Há necessidade de uma nota técnica que inclua os atletas no PNO porque a legislação que permite às instituições privadas adquirirem vacinas também exige que elas sejam doadas integralmente ao SUS enquanto os grupos prioritários não forem imunizados no país. Após esse período, essas entidades poderão adquirir e usar 50% do montante, doando o restante.

A Conmebol recebeu 50 mil doses de Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac, e deverá distribuir 5.000 doses para cada um dos 10 países filiados. Os imunizantes chegaram ao Uruguai, que ajudou a intermediar o envio com os chineses, nesta quarta (28). A distribuição começou nesta quinta.

De acordo com o jornal argentino La Nacion e com o site GE, em contrapartida a Sinovac será tratada como "parceira oficial de saúde" da Copa América.

Foi a Conmebol quem definiu os seus grupos prioritários: seleções masculinas da Copa América, times que participam da Libertadores e da Sul-Americana, clubes da Série A do Campeonato Brasileiro e da Série A1 do Brasileiro Feminino e, por último, árbitros.

Estádio do Maracanã antes da final da Libertadores de 2020 - Silvia Izquierdo - 30.jan.2021/Reuters

A vacinação tem como benefício maior para a entidade garantir a realização da Copa América na Argentina e na Colômbia. O evento deveria ter sido realizado em 2020, mas foi adiado para junho e julho deste ano.

Ao contrário do modelo previsto para a delegação olímpica, no qual o COI (Comitê Olímpico Internacional) exige que parte da população em geral também seja vacinada com as doações, a Conmebol não se compromete a usar as vacinas fora do ambiente do futebol.

O COI, que também conta com oferta de imunizantes da Sinovac doados pelo Comitê Olímpico da China, exige que para cada integrante do grupo que vai aos Jogos de Tóquio (algo em torno de 1.400, incluindo atletas, demais membros da delegação e jornalistas credenciados), dois outros brasileiros na fila também sejam imunizados, totalizando 5.600 doses extras doadas para 2.800 pessoas.

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