A Fifa elevou para 26 o número máximo de jogadores por seleção na Copa do Mundo de 2022, em vez das tradicionais listas de 23 nomes. A alteração foi anunciada nesta quinta-feira (23), estendendo a medida introduzida durante a pandemia de Covid-19.

De acordo com a entidade que comanda o futebol, a decisão foi tomada pela "necessidade de manter uma flexibilidade adicional devido à excepcionalidade das datas do Mundial de 2022 no calendário internacional e devido aos efeitos da pandemia nas equipas antes e durante as competições".

A Uefa já havia adotado medida semelhante no ano passado, na Eurocopa, diante do risco de contágio pelo coronavírus.

As seleções europeias, no entanto, não se mostraram totalmente adeptas. Embora a mudança ofereça um maior número de opções aos treinadores, gera problemas na gestão dos grupos e nos egos dos jogadores menos utilizados. O técnico espanhol Luis Enrique, por exemplo, contentou-se em convocar 24 atletas.

Essa ampliação dos elencos para 26 jogadores para a Copa do Mundo de 2022, que será disputada de novembro a dezembro, ocorre depois que a Ifab (International Football Association Board), órgão que garante as leis do futebol, validou "definitivamente" a possibilidade de cinco substituições possíveis por equipe, em cada jogo. Antes, eram três.

Essa alteração à lei 3 do futebol tinha sido feita de maneira provisória, em maio de 2020, no contexto da pandemia. Ela foi bem recebida pelos treinadores e, neste mês, tornou-se permanente.

Os membros da Ifab decidiram também aumentar o número máximo de reservas na súmula de 12 para 15 abrindo caminho para convocações de 26 jogadores.

"Um máximo de 26 pessoas (até 15 reservas e 11 membros da comissão técnica, um dos quais será o médico da equipe) podem se sentar no banco" durante a Copa do Mundo, disse a Fifa em seu comunicado nesta quinta.