Siga a folha

Descrição de chapéu tênis

Ex-tenista Boris Becker deixa prisão no Reino Unido para ser deportado

Alemão deve voltar para a Alemanha depois de cumprir parte de sua pena

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Anna Cuenca
Londres

O ex-tenista alemão Boris Becker, 55, deixou a prisão britânica onde cumpria pena por crimes financeiros e deve ser deportado, informou nesta quinta-feira (15) a agência de notícias britânica PA, que não revelou o destino do ex-número 1 do mundo.

Becker, de 55 anos, vencedor de seis títulos de Grand Slam, vivia no Reino Unido desde 2012. Ele foi condenado em abril por ter ocultado e transferido ilegalmente milhões de euros e libras para evitar o pagamento de suas dívidas após declarar falência.

O ex-tenista Boris Becker, 55, preso por crimes financeiros no Reino Unido - Adrian Dennis/AFP

O ex-tenista, que teve uma carreira profissional de 1984 a 1999, foi condenado em 29 de abril a dois anos e meio de prisão pela Justiça britânica após ser considerado culpado de ter ocultado 2,5 milhões de libras —R$ 15,9 milhões na cotação atual.

A princípio, ele deveria cumprir metade de sua pena na prisão antes da possibilidade de recorrer ao benefício da liberdade condicional. Agora, porém, parece que será expulso para a Alemanha.

Depois de declarar falência em 2017, Becker foi condenado por acusações que incluem subtração de bens, ocultação de patrimônio e ocultação de dívidas.

Durante o processo, o Ministério Público declarou que Becker recebeu 1,13 milhão de euros —R$ 6,2 milhões na cotação atual— da venda de uma concessionária Mercedes que ele possuía na Alemanha. O valor foi depositado em uma conta bancária profissional que usava como "cofrinho pessoal" para pagar por compras de luxo e a escola de seus filhos.

"A condenação de Boris Becker mostra claramente que a ocultação de bens no âmbito de uma falência é um delito grave, pelo qual processamos quem a comete", ressaltou o diretor-geral do Insolvency Service, o organismo governamental britânico que supervisiona as falências.

Há 20 anos, Becker já havia sido condenado na Alemanha a uma pena de prisão, cuja aplicação foi suspensa, devido a problemas com o fisco.

A juíza britânica Deborah Taylor censurou o tenista por não ter levado em consideração a advertência que aquela primeira condenação deveria ter significado para ele.

Seu advogado, Jonathan Laidlaw, considerou então que Becker "não conseguia encontrar trabalho e tinha que contar com a caridade de outras pessoas para sobreviver".

O tenista, que negou todas as acusações, foi absolvido de outras 20, incluindo as que se referiam ao desaparecimento dos seus troféus. Durante as audiências, ele afirmou que não sabia onde eles estavam.

Ele vendeu parte das taças em um leilão por 700 mil libras —R$ 4,6 milhões na cotação atual.

De acordo com o ex-tenista, a falência e o tratamento recebido na imprensa prejudicaram a "marca Becker".

Ele também teve problemas com a Justiça espanhola por dívidas não pagas relacionadas a obras em sua casa em Maiorca e também com a Justiça suíça, por não ter pagado o pastor que realizou seu casamento em 2009.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas