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Neymar não cumpre sua promessa a Jair Bolsonaro

Atacante havia dito que homenagearia o atual presidente quando marcasse seu primeiro gol na Copa do Qatar

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Rodrigo Almonacid
Doha (Qatar) | AFP

Neymar não cumpriu a promessa que fez ao presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral no Brasil: dedicar a ele seu primeiro gol na Copa do Mundo do Qatar.

Ao marcar o segundo gol da seleção sobre a Coreia do Sul, no jogo de oitavas de final do Mundial, o camisa 10 comemorou com os companheiros e foi às arquibancadas abraçar Alex Telles, que sofreu uma lesão no joelho direito e está fora do torneio.

Neymar foi até a arquibancada para comemorar o seu gol com o lateral Alex Telles, lesionado - Carl Recine/Reuters

Este foi o gol de número 76 de Neymar com a camisa da seleção brasileira, que cinco minutos antes tinha aberto o placar com Vinícius Junior.

Durante a polarizada campanha presidencial, Neymar prometeu formar com os dedos o número 22, código da extrema direita nas urnas, em comemoração ao seu primeiro gol no país árabe.

Em uma live no dia 22 de outubro, da qual Neymar participava de Paris (FRA), o então candidato Jair Bolsonaro disse que queria muito que o atacante fizesse um "Ihuuu" na Copa, uma expressão usada pelo político.

Neymar durante a live do então candidato a presidente Jair Bolsonaro, em 22 de outubro - Reprodução/@Jair Bolsonaro no Youtube

Aí, depois seguiu a seguinte conversa:

Neymar: "Vou fazer o Ihuuu com a taça na mão."

Carla Cecato (apresentadora): "Vamos combinar se a gente ganhar?"

Bolsonaro: "Se, não. Vamos ganhar?"

Carla Cecato: "Vamos combinar o primeiro gol que você fizer?"

Neymar: "Vamos ganhar."

Carla Cecato: "O primeiro gol que você fizer. O gesto que você vai fazer?"

(Neymar faz com os dedos o gesto de 22)

Carla Cecato: "22"

"A Copa está próxima. Seria tudo maravilhoso, Bolsonaro reeleito, Brasil campeão e todo mundo feliz", disse Neymar na sequência.

O camisa 10 afirmou que se motivou a apoiar Bolsonaro publicamente na disputa eleitoral porque os "valores que o presidente representa são parecidos" aos seus e aos de sua família.

Bolsonaro deixará o poder no dia 31 de dezembro. Desde sua derrota nas urnas, que ainda não reconheceu explicitamente, o mandatário permanece em silêncio e praticamente não fez aparições públicas.

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