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Cerco judicial aperta para o Barcelona em caso de escândalo de arbitragem

Comitê de árbitros da Federação Espanhola é alvo de buscas; clube nega ações para ter vantagem esportiva

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Barcelona | AFP

A investigação do escândalo de arbitragem que envolve o Barcelona avançou nesta quinta-feira (28), com uma operação de busca nos escritórios do comitê de árbitros da RFEF (Real Federação Espanhola de Futebol), já fragilizada pelo caso Rubiales.

A Guarda Civil realizou buscas nos escritórios do CTA (Comitê Técnico de Árbitros), nos arredores de Madri, durante a manhã. Não estavam previstas detenções, segundo fontes da instituição.

Os agentes seguiram ordens do tribunal de instrução 1 de Barcelona, responsável pela investigação do que ficou conhecido como "caso Negreira", que envolve supostos pagamentos do clube catalão a empresas de propriedade de José María Enríquez Negreira, que foi o número dois da arbitragem espanhola por 25 anos.

A sede da Federação Espanhola, nos arredores de Madri; comitê de árbitros da instituição foi alvo de buscas nesta quinta-feira - Javier Soriano/AFP

O juiz do caso, Joaquín Aguirre, também acusou os investigados, incluindo o Barcelona e vários ex-dirigentes, por um suposto crime de suborno.

Para o magistrado, "o Barcelona pagou, por meio de empresas intermediárias, a um dos três vice-presidentes do Comitê Técnico de Árbitros", o que é um "fato que não foi negado e está documentado".

Aguirre apontou que os pagamentos se estenderam possivelmente "por cerca de 18 anos, passaram dos 70 mil euros iniciais (quase R$ 370 mil, na cotação atual) para 700 mil euros anuais (R$ 3,7 milhões)". Só cessaram quando Negreira deixou o cargo, em 2018, quando Luis Rubiales assumiu a presidência da RFEF.

"Por dedução lógica, os pagamentos efetuados pelo FC Barcelona atenderam os interesses do clube, levando em consideração a sua duração e o aumento anual", afirmou, indicando que o clube catalão se beneficiou dos "efeitos arbitrais desejados".

O caso é investigado pela Guarda Civil.

O clube espanhol negou, por sua vez, que tenha realizado alguma "ação que tivesse como objetivo final ou intenção alterar a competição para obter algum tipo de vantagem esportiva", em uma declaração de seu atual presidente, Joan Laporta.

O caso Negreira atingiu um novo nível em março, quando o Ministério Público do Barcelona apresentou uma queixa por corrupção contra o clube catalão e vários ex-dirigentes, como os ex-presidentes Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu.

Houve também denúncia contra José María Enríquez Negreira e algumas das suas empresas, por meio das quais teria recebido mais de 7,3 milhões de euros (R$ 38,5 milhões) entre 2001 e 2018, segundo o Ministério Público.

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