Siga a folha

Descrição de chapéu Checamos Olimpíadas 2024

Campeã nas barras assimétricas, franco-argelina não foi reprovada pela equipe da França

Kaylia Nemour se tornou a primeira ginasta representante de países africanos a ganhar uma medalha em Olimpíadas

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

A conquista da inédita medalha de ouro pela ginasta franco-argelina Kaylia Nemour, que se tornou a primeira ginasta representante de países africanos a ganhar uma medalha em Olimpíadas, impulsionou o surgimento de posts que desinformam ao dizer que a participação da medalhista teria sido reprovada pela equipe de ginástica do país sede.

"O mais incrível do ouro da Kaylia Nemour é que ela foi reprovada na equipe de ginástica da França. Levou o primeiro não e logo foi defender a Argélia, nação do seu pai. Aos 17 anos: a primeira medalhista africana na ginástica", diz publicação no X que alcançou mais de 1,5 milhão de pessoas até 5 de agosto.

Kaylia Nemour se tornou a primeira ginasta representante de países africanos a ganhar uma medalha em Olimpíadas - Amanda Perobelli - 4.ago.2024/Reuters

Nascida na vila francesa de Saint-Benoît-la-Forêt, Nemour não foi reprovada pela Federação de Ginástica da França, tampouco pela equipe da modalidade. A atleta se afastou das competições em 2021, após ser campeã nacional nas barras assimétricas e ser submetida a duas cirurgias nos joelhos por uma osteocondrite avançada, inflamação frequentemente ligada ao estresse repetitivo.

Mesmo com a autorização de seu médico para retomar os treinos oito meses após os procedimentos, em março de 2022, Kaylia Nemour não recebeu aval do médico federal francês para voltar às disputas.

Naquela época, de maneira simultânea, a Federação Francesa de Ginástica iniciava uma investigação administrativa de 18 meses contra um treinador do clube Avoine-Beaumont, presidido pela mãe de Nemour, Stéphanie Nemour, por acusações de excesso de treinamento e discussões sobre locais de treinamento.

Com seu retorno negado, Kaylia Nemour entrou com o pedido de mudança de nacionalidade, aceito em julho de 2022 pela Federação Internacional de Ginástica. Para concluir a troca, porém, ela precisaria ficar um ano sem competir internacionalmente com as suas novas cores ou então receber autorização de sua federação antiga.

Se respeitado o prazo estipulado, Nemour perderia a chance de disputar o campeonato africano e a classificação para os Jogos Olímpicos de Paris. A situação impulsionou a divulgação de uma petição online, criada pela mãe da atleta, para que ela fosse liberada do aviso prévio.

O imbróglio se arrastou até maio de 2023, quando Kaylia Nemour recebeu autorização francesa para competir pela equipe argelina. "A federação, com total responsabilidade, considera que a sua integridade física não é suficientemente respeitada, mas não se oporá ao seu pedido para competir no campeonato africano", diz a nota.

VERDADEIRO OU FALSO

Recebeu um conteúdo que acredita ser enganoso? Mande para o WhatsApp 11 99581-6340 ou envie para o email folha.informacoes@grupofolha.com.br para que ele seja verificado pela Folha.

Checamos

É um projeto dedicado ao combate da desinformação nas redes sociais patrocinado pela Philip Morris Brasil.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas