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Descrição de chapéu Olimpíadas 2024 DeltaFolha

D'Almeida desafia coreano recordista no tiro com arco; compare performance dos melhores

Arqueiros disputam espécie de final antecipada nas oitavas, programada para a madrugada de domingo

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São Paulo

O duelo de tiro com arco na madrugada deste domingo (4) será de gigantes: número 1 do mundo, o brasileiro Marcus D'Almeida enfrenta o sul-coreano Kim Woojin, recordista olímpico e número 2 do ranking.

Nas etapas que precederam as oitavas de final deste domingo, Woojin é o que se saiu melhor entre os 32 competidores.

A Folha analisou tiros de todos os arqueiros que ainda estão na disputa, e o coreano obteve a maior média de pontos por flecha até agora, considerando as etapas posteriores à fase classificatória (nesta, o coreano foi o melhor, enquanto D'Almeida ficou em 17º).

Os dados da performance individual, a partir de todos os tiros, são divulgados pelo do COI (Comitê Olímpico Internacional).

Somando a 1ª e a 2ª fase eliminatória, Woojin desponta com mais pontos por flecha, na média, e também com tiros mais próximos ao centro do alvo.

Na prova, os arqueiros atiram a 70 metros do alvo, que tem 122 cm de diâmetro e 10 anéis separados, com pontuação de 1 a 10; 10 é a pontuação máxima, no centro. Se uma flecha ficar em cima da linha, vale a maior pontuação.

Woojin obtém, na média, 9,43 pontos por flecha. É seguido do indiano Dhiraj Bommadevara (9,41), do também sul-coreano Kim Je Deok (9,4) e do alemão Florian Unruh (9,39). O brasileiro fica um pouco atrás, com 9,38.

Já na pontaria, ou seja, da distância do tiro ao centro do alvo, o sul-coreano tem uma distância média de 42,4 mm do centro, seguido do conterrâneo Lee Wooseok, com 52,6 mm.

Depois estão o alemão Florian Unruh, o turco Mete Gazoz, o indiano Bommadevara e D'Almeida, com 54,7 mm.

Até o momento, então, o coreano tem um desempenho melhor em Paris, demonstrando mais eficiência por flecha e tiros mais certeiros.

D'Almeida em prova mista em Paris - AFP

Woojin vem da forte tradição coreana para o esporte. Foi campeão com equipe nas Olimpíadas do Rio, em 2016, e em Tóquio. Em Paris, já é medalha de ouro da categoria mista com Lim Sihyeon, vencendo de 6 a 0 da Alemanha.

Também venceu o campeonato mundial em 2011 e 2012, mas não conseguiu classificação para as Olimpíadas de Londres.

Foi nas classificatórias do Rio de Janeiro que tornou-se o primeiro arqueiro a conquistar 700 pontos com 72 flechas, quebrando o recorde do compatriota Im Dong Hyun.

Aos 32 anos, Woojin tem nove medalhas de ouro de campeonatos mundiais, sendo três individuais.

Seu país adquiriu a maior parte medalhas de ouro desde os anos 1980, sendo o mais forte da modalidade na história olímpica. No Rio, os coreanos levaram para casa todas as medalhas de ouro individuais e por equipes.

Hoje, Woojin está em 2º do ranking mundial, atrás de D'Almeida, que aos 26 anos é um pioneiro das grandes conquistas do esporte no Brasil. É dele a primeira medalha, com o vice-campeonato mundial de 2021, a estreia no topo de ranking e a vitória da Copa do Mundo de Arco, conquistada no ano passado.

Ao lado de Ana Luiza Caetano, disputou a modalidade mista do tiro com arco em Paris, mas perdeu para o México por 5 a 1 nas oitavas de final.

Já nas provas individuais, ganhou na primeira fase por 6x2 do ucraniano Mykhailo Usach. Na segunda, venceu o japonês Fumiya Saito, por 7x1, com parciais 29/25, 29/28, 30/30 e 28/26. Ele acertou 10 flechas no alvo em oito oportunidades de 12 disparos.

Nas Olimpíadas de Tóquio, D'Almeida avançou até as oitavas, quando perdeu para o italiano Mauro Nespoli, que veio a ser prata dos Jogos.

Neste ano, um mês antes de Paris, ele e Woojing se enfrentaram na final da Copa do Mundo de Antalaya, na Turquia. O coreano ficou com a melhor na flecha de desempate.

As oitavas deste domingo são a final antecipada das Olimpíadas.

Nas casas de apostas analisadas pela Folha, atletas coreanos são os maiores cotados para a modalidade. Woojin aparece na 1ª posição, com 23,2% de chance de medalha de ouro e D'Almeida em 4º, com 14,5%.

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