Siga a folha

Torcidas rivais no futebol da Índia se unem para protestar contra estupro e assassinato de médica

Fãs do East Bengal e Mohun Bagan participaram de ato nesta segunda-feira (19)

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Chiranjit Ojha
Bengaluru (Índia) | Reuters


Os torcedores dos clubes de futebol indianos East Bengal e Mohun Bagan deixaram de lado sua rivalidade e se uniram em protesto contra o estupro e assassinato de uma médica em um hospital de Kolkata.

A partida da Durand Cup entre os clubes centenários da cidade de Kolkata foi cancelada neste domingo devido a preocupações de segurança, mas os fãs se reuniram perto do estádio Salt Lake para exigir justiça pela mulher de 31 anos, que morreu este mês no Hospital R.G. Kar, provocando protestos em todo o país por parte de médicos.

Protesto na Índia pede justiça após estupro e assassinato de médica em Kolkata - Reuters

Os torcedores dos dois clubes costumam entrar em conflito durante clássicos de Kolkata, mas o secretário-geral do Mohun Bagan, Debashis Dutta, disse que não ficou surpreso com a demonstração de união.

"Eles representaram a sociedade... Um incidente como esse entristece a todos nós e todos queremos uma solução rápida", disse Dutta.

Alguns apoiadores ficaram feridos enquanto a polícia dispersava a multidão no domingo.

Arundhati Biswas, uma torcedora do East Bengal, sofreu ferimentos leves durante o protesto, mas se disse surpresa com a união entre os grupos rivais.

"Eu nunca pensei que veria inimigos jurados se unirem assim", disse Biswas à Reuters nesta segunda-feira (19).

Parte do protesto acontece na frente do hospital em Kolkata - Reuters

Ela acrescentou que alguns torcedores de outro time local, o Mohammedan Sporting, também se juntaram aos dois grupos.

Subrata Ray, um torcedor do Mohun Bagan que foi preso e levado à sede da polícia em Lalbazar, afirmou que os manifestantes não se envolveram em violência ou vandalismo.

"Estávamos protestando pacificamente", disse Ray, acrescentando que foram liberados tarde da noite após a intervenção do presidente da federação indiana de futebol, Kalyan Chaubey.

Chaubey, um ex-goleiro da Índia e político afiliado ao partido Bharatiya Janata Party, condenou a prisão dos torcedores, afirmando que eles apenas se reuniram para uma "marcha pacífica".

O zagueiro do Mohun Bagan e da seleção indiana, Subhashish Bose, também participou do protesto.

"Há apenas uma demanda, todos querem justiça", disse ele.

A jovem médica de 31 anos, cujo assassinato desencadeou protestos em toda a Índia, havia pedido comida por delivery com outros colegas quando já havia completado quase 20 horas de trabalho (no turno de 36 horas) e, depois foi descansar por um curto período, disseram funcionários do hospital à Reuters.

Um dos médicos, falando em condição de anonimato, afirmou que a vítima se retirou para uma sala de seminários vazia que era usada pelos médicos de plantão para descansar.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas