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Peça tem atores em silêncio e fita elástica como cenário em São Paulo

Espetáculo 'Entre Mundos' é voltado a crianças e explora a ideia do silêncio como veículo da imaginação

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São Paulo

"Ser ou não ser, eis a questão", diz o personagem da peça famosa em cima do palco, bem alto para todo mundo ouvir. E, por mais que a gente esteja acostumado a assistir espetáculos em que as pessoas falam, é importante saber que também existe um outro tipo de teatro, em que ninguém diz nenhuma palavra.

O teatro mudo, ou pantomima, nasceu na Grécia há milhares de anos, e até hoje agrada às plateias. "Ele é feito metade pelos atores que estão no palco, e metade pela imaginação de quem assiste", explica Elisa Rossin, diretora do espetáculo mudo "Entre Mundos", que estreia neste domingo em São Paulo.

Cena do espetáculo infantil 'Entre Mundos', no Sesc Ipiranga - Pri Fiotti

Nele, dois atores representam dois seres que não são nem pessoas, nem bichos, nem extraterrestres, e que viajam por lugares diferentes. Os rostos deles não aparecem, porque estão cobertos por duas máscaras idênticas, só com buraquinhos para o nariz e os olhos.

"Queríamos que eles parecessem bonecos, e que não tivessem a aparência de humanos. Podemos pensar que são embriões ou até sementes, seres únicos de um universo próprio que não conhecemos, e que também estão descobrindo esses mundos pela primeira vez, como se acabassem de nascer", diz Elisa.

Juntos, os seres seguram uma fita elástica que, quando esticada em forma de quadro, forma como um portal pelo qual eles conseguem acessar, por exemplo, uma terra de dinossauros, um deserto e o interior escuro de uma caverna.

"Esse cenário é mesmo diferente mesmo, e ele é muito simples. Ele foi criado para que a gente possa imaginar todos os mundos por onde os personagens passeiam", conta a diretora.

"E cada lugar a que eles vão traz uma sensação diferente. Alguns são mais conhecidos, como a cidade, outros são misteriosos, como o mar. Alguns são mais agitados, como o carnaval, e tem um que pode até dar um medinho no início, mas que logo se torna habitável e o medo vai embora."

Elisa também comenta que, ainda que a peça seja muda, isso não quer dizer que ela seja silenciosa. "Pelo contrário, ela tem muitos sons e músicas que ajudam a dar o clima de cada cena, cutucando as nossas emoções", diz.

A trilha sonora original é de Alex Huszar, Max Huszar e Thomas Huszar, e ajuda a criar o que a diretora chama de "paisagens sonoras", além de complementar tudo com muitas melodias e ruídos —na cena da cidade, por exemplo, prepare-se para se sentir como em um verdadeiro engarrafamento.

Entre Mundos

Avaliação:
  • Quando: De 15 de janeiro a 12 de fevereiro. Domingos, às 11h. Sessão extra dia 25/1, às 11h
  • Onde: Sesc Ipiranga (R. Bom Pastor, 822)
  • Preço: Inteira R$ 25 e meia R$ 12,50. Crianças até 12 anos não pagam. Ingressos no Portal Sesc (www.sescsp.org.br) e nas bilheterias das unidades
  • Classificação: Livre, 50 minutos
  • Elenco: Gabriel Bodstein e Gabriela Cerqueira
  • Direção: Elisa Rossin

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