Com quilos de paetê, tapete vermelho do Multishow é retrato fiel das brasileiras
Anitta foi ao prêmio de vestido nude, o novo preto de acordo com as passarelas europeias
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Tem gente que acha cafona, seja lá o que isso significa em tempos de vale tudo no guarda-roupa, outros analisam como gosto pessoal. A verdade é que o tapete vermelho das festas nacionais é retrato fiel do que significa a moda para a maior parte das mulheres brasileiras.
O prêmio Multishow de música, que aconteceu nesta terça-feira (25), serve de parâmetro para a tese de que Paris, Milão e Londres podem espernear à vontade com seus conjuntos românticos, mas o que de fato faz a cabeça das divas de ocasião é a expor o corpo e o brilho ofuscante dos quilos de paetês, lantejoulas e afins pregados nos vestidos.
Anitta, a cantora "malandra" que enche as rádios da Europa, preteriu o disfarce de diva cinematográfica da das popstars do Grammy para assumir a de Kim Kardashian brasileira, diga-se, um look mais vendável para a audiência.
Seu vestido nude, esse bege cor de pele que é o novo preto de acordo com as passarelas da temporada internacional de verão 2019, é forrado de uma tela transparente com paetês.
Não são cristais Swarovski, é plástico mesmo, barato, reconhecível e mais eficiente para a Morena Rosa, grife paranaense que abriu a carteira para a garota da noite, vender a rodo versões desse look Jennifer Lopez tropical.
Se a pele é tendência mais uma vez, e parte da semana de Milão e os primeiros desfiles de Paris dão aval para o desnudamento geral, a cantora Pabllo Vittar sacou o movimento.
Foi ali na esquina, cortou umas tiras de tule e couro e enrolou no corpo. Sem rebuscamento, sem assinatura de estilista famoso, só pele, mamilos e uma nuvem branca para não bater o resfriado.
A partir da análise de trajes como os do grupo Rouge, que nem precisava de flash com tanto brilho colado nos vestidos e conjuntos de calça e jaqueta, e os de cantoras populares como Joelma, que parece ter gastado a cota do figurino no mega hair ao combinar top com calça branca, lê-se que não há disputa de tendências nos convescotes do entretenimento brasileiro.
Tal como nos casamentos e bailes de debutante, os tapetes vermelhos da vida real, a ordem nessas festas parece ser mostrar o resultado da ralação na academia, sensualizar para a selfie e competir pela coroa de mais ousada da noite.
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