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Filme de Lázaro Ramos conta história da trupe teatral decana da Bahia

Documentário dirigido pelo ator mostra como o Bando de Teatro Olodum virou um marco dos palcos

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BANDO, UM FILME DE:

Avaliação: Bom
  • Quando: dias 20, às 20h30 (Espaço Itaú - Augusta 1); 21, às 15h20 (Espaço Itaú - Frei Caneca 1); e 29, às 17h15 (Espaço Itaú - Frei Caneca 4)
  • Classificação: livre
  • Direção: Lázaro Ramos e Thiago Gomes

Quando você junta um grupo de atores brancos, é teatro. Quando junta um grupo de atores negros, é "trabalho social”, critica uma atriz em cena do documentário “Bando, um Filme de:”.

Comentários sobre as dificuldades para levar a temática negra aos palcos em um país racista como o Brasil aparecem do início ao fim deste filme sobre o Bando de Teatro Olodum, grupo de Salvador. 

Não faltam, porém, vivacidade e capacidade de resistência à companhia, que completa 28 anos em 2018. 

A trajetória do Bando é o tema do filme dirigido por Thiago Gomes e Lázaro Ramos, que amadureceu como ator justamente nos anos em que integrou o grupo. 

O documentário mostra como o Bando se tornou a mais longeva companhia de teatro da Bahia e uma das mais importantes do país por meio de espetáculos como “Ó Paí, Ó” (1992), depois adaptado para o cinema e para a TV. 

Também fez história com peças como “Cabaré da Rrrrrraça” (1997) e “Áfricas” (2007), que costumam ser reencenadas no Brasil e no exterior. 

Há no filme depoimentos preciosos dos diretores Marcio Meirelles e Chica Carelli. Ótimos atores como Valdinéia Soriano, Rejane Maia, Luciana Souza e Jorge Washington comentam o processo de criação do Bando, muito baseado na pesquisa e na improvisação.

O tom militante, sem concessões, conduz o humor e a música. Bem amarrada a dramaturgia, as cenas ganham uma potência incomum, graças ao cuidadoso trabalho físico do elenco, orientado pelo coreógrafo Zebrinha. 

É ele, aliás, quem indaga: “Qual referência nossos jovens negros terão se o Bando acabar?”. O filme responde, de certa forma, à questão. O entusiasmo dos integrantes do grupo sediado no histórico teatro Vila Velha e do público que os acompanha ajuda a vencer as limitações financeiras. E o prestígio, adquirido depois de uma penca de prêmios, também contribui. 

Lamente-se que “Bando” não consiga escapar da cartilha convencional dos documentários, com uma longa sucessão de depoimentos. O desgaste do formato não reduz, contudo, a relevância do registro histórico.

 

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