Siga a folha

Descrição de chapéu
Televisão

'Shippados' tem tudo para repetir sucesso de 'Os Normais'

Série sobre relacionamentos só está disponível online por enquanto

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Shippados

Avaliação: Ótimo
  • Onde: Primeira temporada no Globoplay

“Os Normais”, exibida pela Globo entre 2001 e 2003, foi a primeira série cômica desenvolvida pelo casal de roteiristas Alexandre Machado e Fernanda Young. Também foi a de maior sucesso: as desventuras dos noivos Rui (Luiz Fernando Guimarães) e Vani (Fernanda Torres) geraram expressões que caíram no gosto popular, renderam dois longas-metragens e até hoje são reprisadas.

Desde então, Machado e Young criaram mais de uma dezena de outros seriados —do simpático “Minha Nada Mole Vida” (2006-2007) ao decepcionante “O Dentista Mascarado” (2013). Mesmo quando foram bem de audiência e de crítica, nenhum se tornou um clássico. Isso pode mudar agora, com a estreia de “Shippados” no Globoplay.

A exemplo de “Os Normais”, a nova sitcom também fala do relacionamento entre um rapaz e uma moça da classe média carioca. Mas há um elemento complicador que não existia há uma década e meia: os aplicativos de pegação.

Rita (Tatá Werneck) e Enzo (Eduardo Sterblitch) são dois solteiros crônicos, empacados tanto na vida amorosa quanto na profissional. Ele sonha em trabalhar como caçador de vírus de computador, mas só consegue bicos. E não dispõe de privacidade nem quando chega em casa: o amigo com quem divide um apartamento, Valdir (Luis Lobianco), está sempre pelado na sala com a namorada, Brita (Clarice Falcão).

Já ela odeia seu emprego no balcão de informações de um grande supermercado e ainda mora com a mãe (Yara de Novaes), que a traumatizou quando criança, dizendo que o pai foi embora porque não suportava o choro da filha.

Logo na estreia, cada um desses dois fracassados enfrenta dois encontros desastrosos marcados pela internet. São rejeitados de cara, e por boas razões: ambos são totalmente desprovidos de charme ou desembaraço.

Já no primeiro episódio dá para perceber que Fernanda Young e Alexandre Machado estão em plena forma, com diálogos certeiros que ganham forma com grandes intérpretes —tanto Eduardo Sterblitch quanto Tatá Werneck não decepcionam. 

Ela já é conhecida do público pela velocidade com que dispara “cacos” (piadas que não constam do texto original) e pela falta de pudores quando quer fazer rir. Ele, egresso do “Pânico” (RedeTV! e Band), finalmente encontra na Globo um papel que vai além da participação especial.

Pena que o alcance de “Shippados” por enquanto é limitado. Ao menos por ora, só os assinantes do Globoplay podem assistir à primeira temporada, disponível na plataforma desde sexta-feira (7).

É uma estratégia compreensível para alavancar o serviço, movido a assinaturas. Mas também é um breque no impacto que a série poderia ter. O público da TV aberta não perde por esperar.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas