Poeta cubano Roberto Fernández Retamar morre aos 89 anos
Presidente da Casa das Américas desde 1986, escritor integrou governo de Fidel Castro
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O poeta e ensaísta cubano Roberto Fernández Retamar, vencedor do Prêmio Nacional de Literatura, morreu ontem (20), em Havana, aos 89 anos.
"(...) Querido Roberto, obrigado por deixar-nos obra, lucidez e compromisso", escreveu o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, em uma rede social.
Nascido em 1930, foi poeta, ensaísta, professor universitário, diplomata e jornalista, ofício que começou a exercer na revista Alba, para a qual entrevistou Ernest Hemingway.
Retamar presidia a Casa das Américas desde 1986, onde também dirigia uma revista desde 1965. Em nota, a instituição considerou sua morte "uma perda irreparável para a cultura cubana".
Sua obra foi traduzida para diversos países na América e na Europa. Publicado em 1971, o ensaio "Caliban", de reflexões sobre cultura latino-americana e caribenha, é considerado uma das grandes obras de literatura latino-americana do século XX.
Figura ativa na política cubana, Retamar participou da luta contra o regime de Fulgêncio Batista nos anos 1950, integrou o Conselho de Estado Cubano e foi deputado na Assembleia Nacional entre 1998 e 2013.
Entre seus diversos prêmios, o mais recente foi o Prêmio Internacional José Martí da Unesco, recebido em janeiro. Doutor em Filosofia e Letras na Universidade de Havana em 1954, recebeu o título de doutor honoris causa das universidades de Sofía, em 1989, Buenos Aires, em 1993, e Central de Las Villas, em 2011.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters