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Cinema

'Predadores Assassinos' tem confrontos tensos e engraçados entre mocinha e jacarés

Filme mostra que há caminhos interessantes para o subgênero de enfrentamento entre humanos e criaturas no cinema

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Predadores Assassinos

Avaliação: Bom
  • Classificação: 16 anos
  • Elenco: Kaya Scodelario, Barry Pepper e Morfydd Clark
  • Produção: EUA, 2019. 87 min
  • Direção: Alexandre Aja

Animais atacando pessoas é algo que faz parte do cinema desde antes do “King Kong” de 1933. Essa proposta pode render clássicos irrepreensíveis como “Os  Pássaros”, de Alfred Hitchcock, ou lixo constrangedor como “A Invasão das Rãs”. Às vezes, pode ser alcançada uma excelência impecável de cinema de entretenimento, o que Steven Spielberg fez em “Tubarão”.

“Predadores Assassinos” pode não ser inserido na galeria dos melhores confrontos entre humanos e bichos na tela, mas mostra que ainda há caminhos inteligentes para construir um filme nesse subgênero.

A assinatura de Sam Raimi na produção talvez ajude a explicar as qualidades do longa. Mestre do terror “B” com “Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio” e um pouco responsável pelo boom de quadrinhos em Hollywood ao dirigir os três primeiros filmes do Homem-Aranha, aqueles com Tobey Maguire, Raimi sabe como fazer cinema divertido.

Os méritos de “Predadores Assassinos” passam por não insistir em cenas mirabolantes demais —há uma intenção de inserir no roteiro sequências plausíveis. Isso, claro, se todos aceitarem como plausível a situação de uma garota presa dentro de uma casa inundada com enormes jacarés passando de um cômodo para o outro.

Na trama, Dave Keller não segue a orientação das autoridades para a evacuação de uma região na Flórida que será atingida por um furacão devastador. Acaba ficando isolado em sua casa, invadida por uma inundação sem precedentes. Sua jovem filha Haley vai se arriscar indo até lá para resgatá-lo. Chegando à área, percebe logo que toda aquela água não é o seu principal problema.

Quando a ideia é tornar o filme mais crível, o roteiro guarda uma ou outra boa sacada, como o fato de Haley ser uma atleta de natação que compete por sua faculdade. Isso proporciona à garota uma condição especial de fôlego, preparo físico e habilidade para se deslocar na água. E, assim, ela escapa de virar lanche de jacaré logo no começo da ação.

O diretor Alexandre Aja é fiel aos gêneros de terror e fantasia, indo do simples e eficiente “Viagem Maldita” ao ambicioso e frouxo “A Nova Vida de Louis Drax”, passando no meio do caminho pelo pavoroso “Piranha 3D”.

Aqui, consegue colocar Haley e os jacarés em confrontos ao mesmo tempo tensos e engraçados. Acrescenta personagens que todo mundo já sabe que vão virar refeição dos bichões e escala até um cachorrinho para que a plateia torça pela sobrevivência dele.

Fugir de jacarés talvez não seja o melhor teste para o talento dramático de um ator, mas a britânica Kaya Scodelario, revelada na badalada “Skins”, série de TV para adolescentes, parece ser mais do que um rostinho (bem) bonito no papel de Haley.

Por enquanto, sua carreira no cinema está direcionada para filmes de ação, tendo participado das franquias “Piratas do Caribe” e “Maze Runner”. Neste ano, começa a mudar de rumo, atuando muito bem no drama “Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal”. 

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