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Cinema

'As Loucuras de Rose' não cede a clichês, mas peca na narrativa

A rosa é Rose-Lynn, garota escocesa de classe operária que deixa a prisão depois de cumprir pena por tráfico de drogas

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As Loucuras de Rose

Avaliação: Bom
  • Quando: Estreia na quinta (3)
  • Elenco: Jessie Buckley, Julie Walters, Sophie Okonedo
  • Produção: Reino Unido, 2018
  • Direção: Tom Harper

"As Loucuras de Rose" não foi uma boa escolha para o título do filme no Brasil. Parece nome de comédia. No original, é "Wild Rose", rosa selvagem, e realmente "selvagem" é uma descrição mais adequada para esta produção britânica com tom melancólico.

A rosa é Rose-Lynn, garota escocesa de classe operária que deixa a prisão em Glasgow depois de cumprir pena de 12 meses por tráfico de drogas. Ao voltar para sua vida, encontra os dois filhos pequenos criados pela avó. Mas não reencontra seu antigo emprego, como uma das cantoras do único bar de música country na cidade.

Disposta a juntar dinheiro para ir tentar a sorte do outro lado do Atlântico, em Nashville, capital do som country, ela não tem muitas perspectivas de reunir recursos para buscar seu sonho. E, pior, sua mãe desiste de cuidar dos garotos e o casal de filhos de Rose tem que morar com ela.

Relutante, aceita emprego de faxineira na casa de uma mulher que, depois de um início tumultuado de relacionamento, vai contribuir bastante para Rose seguir seu caminho.

O filme do britânico Tom Harper, diretor jovem de currículo quase inexistente, tem alguns acertos. As músicas na trilha, que aparecem de forma discreta na tela, são ótimas. E o roteiro foge com insistência das armadilhas dos edificantes e simplistas filmes de Hollywood sobre músicos em busca de fama.

Boa também é Jessie Buckley, cantora e atriz irlandesa revelada em programas caça-talentos da TV britânica. Ela defende com intensidade a insegura Rose, que não acredita plenamente em seu predicados para brilhar na música.

Nome em ascensão, Jessie aparece com cabelos ruivos e lisos, bem diferente do visual que adotou em outra produção recente com boa repercussão, a premiada minissérie da Netflix "Chernobyl". Ela interpreta Lyudimilla, a garota loira de cabelos cacheados que engravida na cidade devastada pelo acidente nuclear.

Mas nem mesmo a atriz afinada consegue colocar "As Loucuras de Rose" muito acima da média. Falta ao filme uma estrutura narrativa melhorzinha. Se não cede aos clichês de histórias redentoras, também não oferece nada que faça a trama deixar de patinar, sem sair do lugar.

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