Defesa de Harvey Weintein contrata especialista em falhas de memórias
A psicóloga Elizabeth Loftus disse que a precisão da memórias diminui ao longo dos anos e podemos criar lembranças falsas
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A defesa do ex-produtor de cinema Harvey Weinstein chamou uma psicóloga especialista em falhas de memória para depor, nesta sexta-feira (7), em Nova York.
Ele é acusado de ter estuprado uma mulher não identificada em 2013 e de ter feito sexo oral em outra, assistente de produção, contra a vontade dela, em 2006.
Elizabeth Loftus, que é professora da Universidade da Califórnia em Irvine, já trabalhou em nome de clientes famosos, incluindo o serial killer Ted Bundy.
Em seu depoimento no caso de Weinstein, ela explicou que a precisão da memória diminui ao longo dos anos e usou como exemplo testemunhas que são pressionadas a dar mais detalhes sobre um fato que eles viveram.
"É possível mencionar algo que somente é uma hipótese e depois ter a impressão de que é uma lembrança", disse Loftus. "[Memórias falsas] podem ser sentidas com uma quantidade enorme de detalhes e emoções, mesmo não sendo verdadeiras."
Desde o início do julgamento, em janeiro deste ano, os jurados ouviram seis mulheres contarem como o acusado os agrediu sexualmente —a maioria das outras alegações feitas contra ele já prescreveram, não se enquadram na jurisdição de Nova York ou envolvem comportamento abusivo, mas não criminal. Weinstein nega todas as acusações.
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