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Game da Nintendo é retirado de plataformas chinesas após protesto em Hong Kong

Ativista usou o jogo interativo de simulação para passar mensagem anti-China a seguidores

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Hong Kong | Reuters

Um videogame da Nintendo foi retirado das plataformas de comércio eletrônico do mercado cinza da China, depois que o ativista Joshua Wong, de Hong Kong, usou o jogo para protestar contra o domínio do território por Pequim.

O game, “Animal Crossing: New Horizons”, é um simulador social colorido no qual os jogadores podem decorar sua própria ilha e convidar outros a visitar. Tornou-se um sucesso instantâneo após o lançamento em março e tem sido usado por muitos jogadores para interagir e simular cenários da vida real enquanto estão presos em casa por causa de medidas para conter a pandemia de coronavírus.

Wong, um ativista pela democracia no território chinês, levou seus protestos ao jogo na semana passada e postou no Twitter uma captura de tela de sua ilha decorada com uma faixa dizendo: “Hong Kong livre, revolução agora”.

Cópia do game "Animal Crossing: New Horizons" exposta em shopping de Hong Kong nesta sexta (10) - Anthony Wallace/AFP

A China tem regras rígidas sobre o conteúdo de videogames, filmes e música, censurando tudo o que acredita violar os valores socialistas fundamentais. As empresas de jogos também precisam buscar licenças para os games que desejam publicar.

A Nintendo lançou as vendas do console na China com a gigante Tencent em dezembro, mas os jogadores do país só podem acessar conexões multiplayer para jogos como "Animal Crossing" através de edições estrangeiras disponíveis no mercado cinza e através de plataformas como Pinduoduo e Taobao.

No entanto, desde a publicação no Twitter de Wong, as pesquisas por “Animal Crossing: New Horizons” não mostram resultados nas sites de busca Pinduoduo e Taobao, do chinês Alibaba, e alguns fornecedores estão tentando contornar a repressão, direcionando potenciais compradores para listagens que vendem o jogo sem usar seu título na descrição.

Desde então, o ativista compartilhou fotos de sua ilha mostrando retratos do presidente chinês, Xi Jinping, e do chefe da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, em uma simulação de funeral com uma placa dizendo “pneumonia de Wuhan”.

Não está claro se a retirada do jogo é uma diretiva do regulador de conteúdo da China ou um ato voluntário de plataformas de comércio eletrônico politicamente sensíveis. Representantes de Alibaba e Pinduoduo não comentaram até a tarde desta sexta (10).

Compradores olham para cópias do jogo "Animal Crossing" em loja de Hong Kong - Anthony Wallace/AFP

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