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Estúdios de Hollywood voltam a funcionar após paralisação pela pandemia

Califórnia, no entanto, é o estado americano com maior número de casos do novo coronavírus

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Andrew Marszal
Los Angeles | AFP

Quando o ator veterano Gregg Daniel foi chamado para a audição de um filme em Hollywood, ele quase não compareceu –a pandemia do novo coronavírus já havia chegado a Los Angeles e "ninguém estava gravando".

"Quase hesitei em ir para a audição. Sou afro-americano, tenho mais de 50 anos e pessoas negras estão morrendo desproporcionalmente pela Covid-19", disse Daniel. "Mas o roteiro era muito bom e eu sou um ator de coração."

Daniel finalizou as filmagens do drama de boxe "7th & Union", gravado nas ruas assustadoramente solitárias da capital do entretenimento da Califórnia.

Famoso letreiro de Hollywood é visto de rua residencial de Hollywood, na Califórnia - Robyn Beck/AFP

"Foi tudo bem" e com segurança, graças aos constantes testes de diagnóstico, aos "oficiais da Covid" no set, aos postos de saneamento e ao distanciamento social obrigatório entre as cenas, contou a produtora executiva, Jolene Rodríguez.

Mesmo assim, "7th & Union" é uma das poucas produções cinematográficas feitas em Hollywood desde que o governador Gavin Newsom deu sinal verde em junho.

Os temores sobre a saúde da equipe, a incerteza e uma segunda onda de casos de coronavírus fizeram com que poucos produtores de cinema se atrevessem a voltar ao set, alguns inclusive optaram por gravar em outro lugar ou até mesmo no exterior. A Califórnia é o estado americano com mais casos de Covid-19.

As autorizações para gravar em Los Angeles caíram para um terço do habitual, de acordo com a organização FilmLA. A grande maioria delas são destinadas a propagandas e reality shows.

O principal obstáculo para os estúdios de cinema está nas discussões entre empregadores e sindicatos para chegar a um acordo sobre um novo protocolo de segurança para toda a indústria.

"Estamos trabalhando nisso há muitas semanas. Há uma série de questões complicadas", afirmou Duncan Crabtree-Ireland, diretor de operações do sindicato americano de artistas de televisão e rádio, que juntou forças com os sindicatos de diretores, técnicos e caminhoneiros de Hollywood.

Assim que as negociações forem concluídas —um acordo é aguardado para o próximo mês— a próxima dor de cabeça serão os contratos de seguro.

O custo de reiniciar uma produção apenas para suspender tudo novamente devido a um possível surto é tão alto que as seguradoras estão excluindo as exigências relacionadas à Covid-19 dos novos contratos.

Por enquanto, as produções devem ser aprovadas pelos sindicatos, que analisam cada caso separadamente, com base na frequência e no tipo de testes que serão aplicados, especialmente nas filmagens de baixo orçamento.

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