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Governo chinês é acusado de censurar a vitória de 'Nomadland' no Oscar

Celebrações online à cineasta sino-americana Chloé Zhao desaparecem misteriosamente das redes sociais chinesas

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Pequim | AFP

A cineasta sino-americana Chloé Zhao venceu neste domingo (25) no Oscar os troféus de melhor filme e melhor direção por "Nomadland", mas seu triunfo não está sendo repercutido nas redes sociais chinesas.

Zhao se tornou a primeira asiática e segunda mulher a vencer o Oscar na categoria de melhor direção. "Nomadland", o grande vencedor da 93ª edição do prêmio, é um drama sobre pessoas com poucos recursos financeiros que percorrem os Estados Unidos em caminhonetes.

O filme também rendeu o Oscar de melhor atriz para Frances McDormand.

Todas as postagens recentes com o nome de Zhao e de "Nomadland", no entanto, desapareceram misteriosamente da rede social Weibo, considerado o Twitter chinês, ao meio-dia desta segunda (26).

A imprensa chinesa mantém o silêncio sobre a vitória do longa e da diretora. E os cinemas do país também adiaram a estreia do filme.

Inicialmente aclamada pela imprensa estatal pelo sucesso de seu filme, Zhao virou alvo de ataques de nacionalistas chineses nas redes sociais, que desenterraram entrevistas da diretora em que ela parece criticar o país natal.

Em seu discurso de agradecimento ao prêmio, a cineasta aparentemente fez referências a isso. "Pensei muito sobre como seguir [em frente] quando as coisas se tornam difíceis", afirmou Zhao.

Antes do sumiço das publicações sobre a vitória de "Nomadland", o Weibo estava repleto de mensagens que elogiavam Zhao e denunciavam a censura chinesa.

Apesar do suspeito esforço de censura, é fácil encontrar pelas ruas de Pequim pessoas orgulhosas com o triunfo de uma cineasta do país na premiação do cinema americano.

"Ela é o orgulho do povo chinês", declarou à AFP Yan Ying, uma engenheira. "É muito raro que um chinês receba um Oscar."

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