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'Os Quatro Paralamas' é pouco ousado para o acervo que tem em mãos

Documentário perde oportunidade de mergulho profundo nas relações de uma das bandas mais queridas do Brasil

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Os Quatro Paralamas

Avaliação: Bom
  • Onde: Disponível na Netflix
  • Elenco: Herbert Vianna, Bi Ribeiro, João Barone
  • Produção: Brasil, 2020
  • Direção: Roberto Berliner e Paschoal Samora

Completando 40 anos agora, o Paralamas do Sucesso acaba de ganhar um documentário, que foi exibido incialmente no canal Curta e agora chega à Netflix. É "Os Quatro Paralamas", que conta a trajetória do grupo desde 1981, quando Herbert Vianna e Bi Ribeiro iam se apresentar ao vivo num concurso musical na Universidade Rural do Rio de Janeiro.

O baterista Vital —que ficaria famoso com a música "Vital e sua Moto", do primeiro disco da banda— faltou àquela apresentação, e a dupla foi apresentada na hora a João Barone. Como se sabe, nunca mais se largaram, e o Paralamas se tornou uma das atrações mais populares do país nos anos 1980 e 1990.

A eles se juntou um colega da classe de Vianna, Zé Fortes, que assumiu a função de empresário. Ele é o quarto paralama do título, e todos eles dão depoimentos no filme.

O mais interessante, porém, é que o diretor Roberto Berliner acompanha a banda desde 1983, quando os viu pela primeira vez em uma apresentação no Circo Voador, no Rio de Janeiro. E, como ele diz no início do documentário, desde então tem gravado os músicos em cima do palco e também nos bastidores.

Em vez de desfilar trechos dos inúmeros hits da banda, a escolha é centrar em poucas músicas e exibir as faixas integralmente —ou quase. É o caso de "Vital", "Meu Erro", "Óculos", "Alagados", "Lanterna dos Afogados", "De Perto" e "Ska", o último um hit de 1984 que é mostrado com cenas do grupo ao longo dos anos.

Uma divertida canção sobre pinguins é retirada do fundo do baú do início dos anos 1980. E se prepare para os defeitos das gravações em vídeo cassete daquela época, cheias de tremeliques e chuviscos.

A história passeia pelos pontos altos e baixos do Paralamas, como o Rock in Rio, em 1985, e o acidente de avião em 2001que pôs Herbert Vianna em uma cadeira de rodas e matou sua mulher, Lucy Needham. Colaboradores de longa data também ganham uma citação, como o tecladista João Fera e o fotógrafo Mauricio Valladares.

Ao final, é um documentário competente pelo que se propõe, que é contar a história. Mas é muito pouco ambicioso, levando em consideração as décadas de filmagens que o diretor possui em mãos. Decidiram pelo certo e perderam uma oportunidade de um mergulho mais profundo nas relações de uma das bandas mais queridas do Brasil.

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