Saiba como Delacroix se tornou um porta-voz da renovação romântica
Pintor pesquisou fenômenos da luz, foi elogiado por Baudelaire e causou escândalo com a obra 'A Liberdade Guiando o Povo'
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Mesmo aceitando encomendas da família real e sendo muito próximo de vários aristocratas, Eugène Delacroix era apaixonado pela liberdade. É o que mostra o 21º volume da Coleção Folha Grandes Pintores, que leva o título "Liberdade e Audácia" e mostra como o francês assumiu a liderança do movimento romântico e se tornou o porta-voz da renovação.
Ao expor "A Liberdade Guiando o Povo" no salão de 1831, por exemplo, o artista causou escândalo ao retratar a liberdade fora dos cânones da época, com características de uma mulher moderna e pelos aparentes nas axilas –a obra teve impacto em toda a Europa e sua alegoria, bastante original, se impôs ao longo do tempo.
A coleção também enfatiza um fato curioso na trajetória do artista. Muito amigo de Amandine Aurore Lucile Dupin (que escrevia sob o pseudônimo masculino de George Sand) e do compositor Frédéric Chopin, Delacroix decidiu, em 1838, realizar um retrato conjunto da dupla.
A pintura, que não chegou a ser concluída, acabou sendo dividida em dois pelos herdeiros e, atualmente, o retrato de Frédéric Chopin está no Museu do Louvre, em Paris, e o de George Sand, no museu Ordrupgaard, em Copenhague.
Outro dado importante é como o orientalismo e a viagem ao norte da África, em 1832, marcaram fortemente Delacroix e culminaram em mais de 60 pinturas. "Mulheres de Argel em Seus Aposentos", de 1834, na qual ele pesquisa fenômenos luminosos e materiais que vão da seda ao vidro, é essencial no processo de criação pictórico do artista.
Foi em 1838 que o poeta e crítico de arte Charles Baudelaire descobriu a obra de Delacroix, ao se deparar com a pintura histórica "A Batalha de Taillebourg". Completamente impressionado pelo artista, que também influenciou nomes como Édouard Manet e Fantin-Latour, Baudelaire reconheceu nele "o verdadeiro pintor do século" e se desesperou com a sua morte, em 1863.
Um ano após a data, chocado com a reação morna que o fato suscitou, Fantin-Latour criou, inclusive, uma pintura em homenagem a Delacroix. Nela, os pintores Cordier, Legros, Whistler, Manet, Bracquemond e Balleroy, entre outras figuras, estão ao lado de um retrato do mestre, posto no centro da composição.
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