Veja como Hokusai combina observação e imaginação em obra de 30 mil desenhos

Coleção Folha mostra o ecletismo do pintor, que ilustrou romances, coletâneas de poemas e criou estampas luxuosas

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São Paulo

Para Hokusai, nada era desconhecido na pintura, já que, com seu pincel, o artista japonês disse ter experimentado de tudo. Ele, que se distinguiu tanto na gravura como no desenho, é apresentado agora no 20º volume da Coleção Folha Grandes Pintores por meio de uma produção que abordou todos os gêneros e temas.

"Mangá", que ganhou a forma de uma enciclopédia da natureza, da cultura e do imaginário do Japão, e é considerada como seu auge, funciona também como a maior prova de seu ecletismo.

A xilogravura 'A Grande Onda de Kanagawa', desenho do artista japonês Katsushika Hokusai - Library of Congress/Divulgação

Nos volumes lançados entre 1814 e 1820, com 4.000 desenhos, o pintor coloca lado a lado a observação e a imaginação, o mundo real e o fantasmagórico. Assim, flora, fauna e seres humanos convivem com heróis lendários, monstros e espíritos.

Não à toa, o escritor francês Edmond de Goncourt, biógrafo do artista, declarou que ele "acolheu em sua obra toda a humanidade de seu país". Para além dos seus 30 mil desenhos, Hokusai também ilustrou diversos romances, coletâneas de poemas e se destacou na produção de estampas luxuosas.

Parte de um movimento nascido no Japão no início dos anos 1830, centrado na pintura de flores e pássaros, o artista impressionou Van Gogh com a série "Grandes Flores". Na tela "Lírios", de 1830, ele renova o gênero ao propor a imagem inédita de flores em plano fechado, tratadas quase como um retrato.

Publicada a partir deste mesmo ano, quando Hokusai já tinha mais de 70 anos, a série "Trinta e Seis Vistas do Monte Fuji" revolucionou a arte do ukiyo-e, movimento artístico que expressa um estilo de vida voltado para o prazer e a diversão.

Diferentemente da tradição, que privilegiava vistas imaginárias, o pintor japonês recorreu a uma paisagem real, o monte Fuji, vista de lugares e ângulos diferentes. Com essas imagens, que se tornaram uma obsessão para o artista, resultando em três livros ilustrados intitulados "Cem Vistas do Monte Fuji", ele conquistou sucesso entre artistas asiáticos e europeus. Inaugurou também a moda do japonismo, que se espalhou pelas artes plásticas e decorativas na segunda metade do século 19.


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