Saiba como Rembrandt dominou o claro-escuro, da arte sacra aos autorretratos
Coleção Folha mostra que vivacidade da obra do holandês se manteve mesmo nos quadros feitos no fim da vida
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De acordo com Arnald Houbraken, biógrafo de Rembrandt, as pedras preciosas, pérolas ou turbantes, pintados com tanto empastamento que parecem praticamente relevos, fazem com que as obras do pintor holandês surtam efeito mesmo quando contempladas à distância.
Em "O Mestre do Claro-Escuro", 17o volume da Coleção Folha Grandes Pintores, é possível compreender o motivo pelo qual, como conta Houbraken, disseram certa vez ser possível suspender um retrato de Rembrandt pelo nariz de um de seus personagens.
O artista, que aprendeu os princípios de seu ofício com o maneirista Jacob van Swanenburgh e ingressou no ateliê de Pieter Lastman, em 1624, para se especializar em pintura histórica, realizou, além dos quadros com temas mitológicos, uma série de obras sacras, nas quais se notam muitas de suas influências.
Em trabalhos inspirados no Antigo Testamento, como "A Festa de Belsazar", de 1636 a 1638, Rembrandt usou intensos contrastes de luz, criando uma tensão dramática que se aproxima da arte de Caravaggio.
Considerada sua obra-prima, a tela "A Ronda Noturna", de 1642, rompe convenções pelo modo como os personagens aparecem dispostos. Em vez de os situar em uma única linha, o pintor prefere pôr os protagonistas de forma desordenada, partindo para a ação —o capitão dá a ordem, um bate no tambor, o outro carrega seu mosquete e assim por diante.
A coleção também mostra como o artista aborda quase todos os temas e técnicas em suas gravuras — em "A Moeda de Cem Florins", de 1751, ele recorre a traços incisivos e multiplica contornos para delimitar áreas de sombra e luz.
No trabalho do mestre holandês, a autoria segue sendo uma questão inerente. Enquanto, no final do século 19, havia pouco mais de mil obras suas reconhecidas, hoje há de 300 a 400 peças.
Por esse motivo, é difícil calcular com rigor a quantidade de autorretratos pintados por ele. Dentre essas telas, estimadas em cem, Rembrandt aparece bonachão, pensativo, deprimido, autoconfiante, jovem ou com o rosto enrugado, usando vestimentas sóbrias ou trajes extravagantes.
Dois autorretratos de 1669 mostram uma pintura com camadas de tinta quase esculpidas, apontando para a vivacidade de sua arte mesmo em seu último ano de vida.
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