França devolverá tambor da Costa do Marfim roubado na colonização
O Djidji Ayôkwé, ou 'tambor falante', está armazenado no museu Quai Branly e deve ser devolvido conforme plano de Macron
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A França devolverá à Costa do Marfim um tambor roubado em em 1916 durante a colonização. O Djidji Ayôkwé, ou "tambor falante" é um artefato pertencente ao povo Tchamans, também conhecido como Ebrié.
De acordo com o portal da RFI, o instrumento era usado para alertar as pessoas sobre perigos, mobilizar as pessoas para a guerra ou convocá-las para encontros e cerimônias, e podia ser ouvido a cerca de 12 quilômetros. O Djidji Ayôkwé ficava originalmente na vila Adjamé e era utilizado para contatar as sete vilas Tchaman próximas.
"Era um meio de comunicação. Se os colonos o tomaram, foi como uma forma de ganhar controle sobre o grupo tchaman", disse Clavaire Mobio Aguego, atual detentor da autoridade tradicional em Adjamé, ao portal francês.
O instrumento tem mais de três metros de comprimento e pesa 430 quilos. Foi danificado por insetos e tem passado por esforços de restauração nos arredores de Paris.
A Costa do Marfim requisitou a restituição quase 150 objetos tomados pela França no final de 2018. Em outubro de 2021, na cúpula África-França, o presidente da França Emmanuel Macron anunciou que o país devolveria o tambor em breve. Para isso, uma lei precisará ser aprovada pelo parlamento francês permitindo a devolução do artefato.
A liderança dos Tchaman aguarda a chegada do tambor a Abidjan, ocasião que será celebrada. As autoridades da Costa do Marfim já reservaram um lugar para o Djidji Ayôkwé no Museu Nacional.
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