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Apartamento de Jô Soares, morto há um ano, segue à venda por R$ 12 milhões

Imóvel no bairro de Higienópolis, em São Paulo, anunciado há cerca de um mês, ainda tem a mobília do último morador

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São Paulo

Um ano após a morte do apresentador e humorista Jô Soares, o apartamento em que morava continua à venda. O imóvel, anunciado por R$ 12 milhões há pouco mais de um mês, está localizado no bairro de Higienópolis, em São Paulo e não fez parte de seu espólio.

Retrato de Jô Soares feito pelo fotógrafo Bob Wolfenson - Bob Wolfenson/Divulgação

O apartamento tem 628 metros quadrados, quatro dormitórios, biblioteca e sala de cinema com home theater. Os mármores são originais, enquanto as janelas são automatizadas e antirruído. O prédio em que o apresentador viveu foi construído em 1952.

A região é uma das mais valorizadas da cidade, mas Jô afirmou, em entrevista no programa Estrelas, que teria sido "baratíssimo, porque não tem playground". A justificativa parece ir de encontro com a realidade atual da venda do imóvel.

O perfil no Instagram da imobiliária destaca as qualidades do apartamento: vista para o vale do Pacaembu, pé direito alto, mármores originais, ar condicionado central e janelas automatizadas antirruído em todos os cômodos.

É um valor bastante alto, quase o dobro do valor médio do metro quadrado da cidade. Mas uma comparação com unidades à venda na mesma região indica que o valor praticado pela imobiliária não é exorbitante.

Na mesma região e por preço semelhante, encontram-se apartamentos com 450 metros quadrados e sem a vista privilegiada do apartamento que pertenceu a Jô Soares —mas com salão de festas e playground.

Segundo especialistas em mercado imobiliário consultados pela Folha, o tamanho do apartamento pode dificultar a venda. O fato de ter pertencido a uma celebridade, o que não está explícito no anúncio, poderia elevar o custo, mas a comparação com similares mostra que está dentro da média.

O apartamento está com os móveis do último morador —é possível ver no vídeo também alguns itens como uma estátua do Super-Homem, quadros e cartazes antigos—, mas a imobiliária não garante que eles vão ficar após a negociação final.

Jô Soares morreu no dia 5 de agosto do ano passado, no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, aos 84 anos.

O médico e escritor Drauzio Varella disse que Jô escolheu deixar o hospital e passar os últimos dias em sua casa assistindo a filmes clássicos noir, seu gênero favorito. "É difícil falar do gênio tendo convivido com ele", declarou o oncologista.

O apresentador sofria de problemas de pulmão e morreu depois de uma falência de múltiplos órgãos. Na ocasião da morte dele, a ex-companheira e amiga Flávia Pedra Soares, conhecida como Flavinha, relembrou a devoção do humorista por santa Rita de Cássia e revelou que, ao ter consciência da morte, Jô repetia "morrer é fácil, difícil é a comédia", lembrando a última frase atribuída ao comediante britânico Edmund Gwenn.

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