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Netflix inclui IA generativa como fator de risco para competição em relatório anual

'Se nossos concorrentes obtiverem vantagem ao usar tais tecnologias, nossos resultados poderão ser afetados negativamente', diz a companhia

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São Paulo

Em uma mudança que reflete a crescente influência em Hollywood da IA e seu poder potencialmente perturbador, a Netflix adicionou a inteligência artificial generativa à lista de possíveis fatores de risco em seu relatório anual.

No relatório 10-K da Netflix apresentado nesta sexta (26), foi adicionada uma nova seção àquela em que se apontam os fatores de risco, dentro da parte do documento em que se fala sobre competição.

Letreiro do escritório da Netflix em Los Angeles, Califórnia - Getty Images via AFP

"[Novos] desenvolvimentos tecnológicos, incluindo o desenvolvimento e uso de inteligência artificial generativa, estão evoluindo rapidamente. Se nossos concorrentes obtiverem vantagem ao usar tais tecnologias, nossa capacidade de competir de forma eficaz e nossos resultados operacionais poderão ser afetados negativamente", diz o texto.

"Além disso, o uso ou adoção de novas tecnologias emergentes pode aumentar nossa exposição a reivindicações de propriedade intelectual, e a disponibilidade de direitos autorais e outras proteções de propriedade intelectual para material gerado por IA é incerta", segue o relatório.

Estas foram as principais mudanças no texto, que segue em grande parte o mesmo. O relatório é apresentado à SEC (US Securities and Exchange Comission).

O uso de IA pelos estúdios se tornou uma questão polêmica para os dois sindicatos de Hollywood, que entraram em greve em 2023, o WGA e SAG-AFTRA. A preocupação principal era que a tecnologia prejudicasse os meios de subsistência da classe artística.

Em 25 de novembro de 2023, o sindicato dos atores de Hollywood, o SAG-AFTRA, divulgou o contrato completo de 128 páginas que colocou fim à greve da categoria, encerrada no último dia 8 após acordo com a aliança de produtores, a AMPTP. Os artistas estavam em greve desde o dia 13 de julho.

O acordo provisório ao qual se chegou após 118 dias da maior paralisação da história de Hollywood contra os estúdios, negociado pela presidente da SAG-AFTRA, Fran Descher, foi chamado de "inovador" e recebeu elogios.

No documento, há termos elativos ao uso de inteligência artificial, que geraram debate entre os signatários. Alguns membros sugeriram, inclusive, que votariam contra o contrato dentro do prazo de ratificação, encerrado em 5 de dezembro do ano passado. O desagrado seria por considerarem as proteções de longo prazo contra IA insuficientes na proteção de empregos.

O tema envolve o uso da imagem escaneada dos atores para uso posterior às produções em que participaram, sem que as empresas precisassem de autorização dos artistas para reutilizá-las.

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