Israel pode deixar Eurovision caso letra que citaria vítimas do Hamas seja proibida
Festival examina música inscrita que supostamente faz referência ao ataque do grupo terrorista no sul de Israel
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Israel advertiu neste domingo que pode se retirar do Festival Eurovision da Canção deste ano se os organizadores rejeitarem a letra de sua música por considerá-la muito política.
Eden Golan e sua música "October Rain" ("Chuva de outubro") foram escolhidas para competir no concurso anual, que será realizado em maio em Malmö, Suécia.
Há alguns dias, houve informações sugerindo que a música, composta principalmente em inglês com algumas palavras em hebraico, fazia referência às vítimas do ataque do Hamas em 7 de outubro no sul de Israel.
Isso poderia ser uma violação das regras do Eurovision, que proíbe declarações políticas.
A União Europeia de Radiodifusão (UER) limitou-se a dizer que estava "examinando a letra" e que ainda não havia tomado uma decisão definitiva.
"Se uma música for considerada inaceitável por qualquer motivo, as emissoras têm a oportunidade de apresentar uma nova música ou uma nova letra, segundo as regras do concurso", acrescentou.
A possível proibição, após a UER rejeitar pedidos para excluir Israel devido à guerra em Gaza, causou indignação e foi considerada "escandalosa" pelo ministro israelense da Cultura e Esportes, Miki Zohar.
A música é "emocionante", "expressa os sentimentos do povo e do país nestes dias, e não é política", escreveu nas redes sociais.
Em 7 de outubro, os combatentes do Hamas mataram cerca de 1.160 pessoas no sul de Israel, segundo um levantamento da AFP com base em números oficiais israelenses.
Eles também sequestraram cerca de 250 pessoas. Israel afirma que 130 ainda estão detidas em Gaza e 30 delas estariam mortas.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar que deixou 29.692 mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território, governado pelo Hamas.
A radiotelevisão pública israelense (KAN) declarou na quinta-feira que estava "dialogando" com a UER e afirmou que o país não tem "intenção de substituir a música", portanto, se for rejeitada, "Israel não poderá participar da competição".
Israel participou pela primeira vez no Eurovisão em 1973 e venceu o concurso quatro vezes. No entanto, sua participação no concurso gera regularmente polêmica.
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