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Cade aprova fusão entre Bayer e Monsanto no Brasil

Empresas aguardam aprovações na Europa e nos Estados Unidos

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Ativistas protestam em Bruxelas contra fusão da Bayer e Monsanto - Emmanuel Dunand/AFP

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Reuters

A compra da norte-americana Monsanto pela alemã Bayer foi aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) nesta quarta-feira (7), mas o órgão antitruste brasileiro estabeleceu condições para o negócio, que deve resultar numa combinação das operações das duas empresas.

Quatro dos seis conselheiros do Cade votaram a favor da transação mediante condições propostas pelas companhias, que incluem a já anunciada venda de um pacote de ativos na área de sementes e herbicidas da Bayer para a Basf. Dois conselheiros foram contra a fusão.

Com a aprovação no Brasil, uma potência na produção de grãos e outras commodities agrícolas, Bayer e Monsanto superam um obstáculo crucial para a efetivação da operação, que as empresas inicialmente esperavam ver aprovada até o final de 2017.

O negócio, avaliado em US$ 66 bilhões quando anunciado em setembro de 2016, deve criar a maior companhia de sementes e pesticidas do mundo.

As empresas ainda aguardam aprovações para a transação em jurisdições que incluem a União Europeia e os Estados Unidos, onde decisões finais sobre o caso ainda estão pendentes.

Nesta semana, a Bayer disse em comunicado que propôs soluções para aliviar preocupações das autoridades antitruste europeias. Como parte da proposta, a Bayer aceitou vender seus negócios de sementes e herbicidas para a Basf por US$ 7,24 bilhões.

No Brasil, a maior parte do Conselho do Cade entendeu que a operação com a Basf foi suficiente para resolver temores apontados por técnicos do órgão em outubro, quando eles recomendaram que o negócio fosse bloqueado ou aprovado sob determinadas condições.

A conselheira Cristiane Alkmin, no entanto, discordou da conclusão do Cade.

"O Brasil não pode aprovar uma transação dessas olhando apenas para preocupações globais", disse ela. "Medidas mirando especificamente a economia brasileira são necessárias."

Ela argumentou que a companhia resultante da fusão deveria se desfazer de outros ativos, incluindo o negócio de sementes transgênicas RR2Pro Intacta, da Monsanto, assim como alguns negócios de fungicidas não incluídos no acordo da Bayer com a Basf.

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