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Operação indevida causou blecaute de quarta, diz dona de subestação

Desligamento foi provocado por mau funcionamento do sistema de proteção de um dos disjuntores

Engarrafamento na av. Tancredo Neves, em Salvador (BA), no apagão de quarta (21) - Raul Spinassé/Agência A Tarde/Folhapress

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Rio de Janeiro

A Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE), que opera a subestação onde teve início o apagão da última quarta (21), afirmou nesta sexta (23) que o desligamento foi provocado por mau funcionamento do sistema de proteção de um dos disjuntores da instalação.

A empresa confirmou que a operação indevida foi provocada pelo ajuste do sistema de proteção. Na quinta (22), o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) havia informado que o equipamento estava ajustado para operar com um volume de energia menor do que o verificado no momento.

O disjuntor está localizado na subestação de Xingu, no Pará, que é parte do sistema de escoamento da energia de Belo Monte e foi inaugurado em dezembro de 2017. "Todos os equipamentos são novos, de última geração e comprados pela BMTE de um dos mais renomados fabricantes mundiais", diz a empresa.

A BMTE é controlada pela chinesa State Grid e tem como sócias as subsidiárias da Eletrobras Furnas e Eletronorte. A empresa diz que sua área técnica está analisando as causas do desligamento, que ocorreu às 15h48 de quarta.

Com a abertura do disjuntor, houve interrupção no fluxo de energia da usina para a subestação, evento que derrubou a instalação e, em seguida, as redes de transmissão das regiões Norte e Nordeste. 

No Centro-Oeste e no Sudeste, as distribuidoras foram convocadas a derrubar parte de seu consumo para evitar que a perturbação se alastrasse pelo país. O blecaute deixou cerca de 70 milhões de pessoas ficaram sem luz. A recomposição do fornecimento só foi concluída às 21h. 

O ONS se reúne na segunda (26) com empresas envolvidas para analisar o caso e entender se o erro de ajuste do disjuntor foi provocado por falha humana ou por problema no equipamento. 

Um relatório final deverá ser entregue em 10 dias e será encaminhado à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que é responsável por avaliar eventuais punições. A BMTE disse, porém, que os empreendimentos do setor elétrico têm um prazo de seis meses para ajustes e testes sem penalização financeira. 

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