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Ciro propõe que Banco Central adote uma dupla meta

Em esboço de programa, ele defende que, além da taxa de inflação, dados de desemprego sejam levados em consideração

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Brasília

O candidato do PDT à sucessão presidencial, Ciro Gomes, propõe alterar o atual regime de metas de inflação, um dos pilares do chamado tripé macroeconômico, em vigor desde o final dos anos 1990.

Em pré-programa de governo, apresentado à Justiça Eleitoral, ele defende que o Banco Central deve perseguir, além da inflação, uma meta de emprego na definição da taxa de juros.

Hoje, a autoridade monetária tem uma única meta formal, que é o cumprimento da taxa de inflação fixada anualmente pelo Conselho Monetário Nacional.

"O Banco Central terá duas metas: a taxa de inflação e a taxa de desemprego, como ocorre nos Estados Unidos", afirma.

Em entrevista à Folha, em junho, o coordenador político da campanha eleitoral, Cid Gomes, havia defendido alteração no tripé macroeconômico.

"É fundamental ou alterar o tripé macroeconômico ou acrescentar um quarto pé, que seria geração de emprego. No mínimo, câmbio e juro serão observados levando em conta a geração de emprego", disse.

No documento, ele também propõe a alteração do Conselho Monetário Nacional, ampliando a sua composição, mas sem detalhar para quantos integrantes. 

Hoje, ele é formado pelos ministros da Fazenda e Planejamento e pelo presidente do Banco Central.
O candidato também propõe a recriação do fundo soberano, que foi extinto neste ano, e a "participação ativa" do Banco do Brasil e da Caixa Econômica na redução do spread bancário.

Como tem sinalizado em declarações públicas, Ciro propõe uma redução inicial de 15% nas atuais desonerações tributárias e propõe benefícios ao setor industrial, como isenção de tributos na aquisição de bens de capital e a redução do imposto de renda da pessoa jurídica.

O documento divulgado na noite desta sexta-feira (10) é uma espécie de prévia do programa de governo do candidato. A expectativa é de que ele seja finalizado em setembro.

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