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Escritório em Israel é meio-termo, diz ministra da Agricultura

Tereza Cristina fará reuniões com 51 embaixadores países islâmicos na próxima semana

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São Paulo | Reuters

Um escritório de negócios em Jerusalém, em vez da mudança da embaixada brasileira de Tel Aviv para a cidade, é um "meio-termo" nas discussões diplomáticas envolvendo países do Oriente Médio, afirmou nesta terça-feira (2) a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. A nota, divulgada pelo Ministério da Agricultura, é um aceno às nações muçulmanas após o presidente Jair Bolsonaro visitar Israel nesta semana.

Uma mudança da embaixada do Brasil para Jerusalém, conforme o previamente prometido por Bolsonaro, gerou descontentamento de países árabes, com os quais os exportadores brasileiros negociam bilhões de dólares em produtos agropecuários.

Durante a viagem a Israel, Bolsonaro anunciou a abertura de um escritório de negócios do Brasil na cidade disputada por israelenses e palestinos, admitindo ter encontrado dificuldades para cumprir sua promessa.

"Acho que o escritório de negócios é um meio-termo, não é a embaixada lá. A gente sabe do ânimo que existe na região, mas o Brasil é um país amigo de todos os países, e na área comercial temos um peso muito grande no mundo árabe, no mundo islâmico. Temos de continuar conversando", disse Tereza Cristina, de acordo com a nota.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina - Lucas Jackson/Reuters

"É claro que há um descontentamento. Mas nós da Agricultura temos de trabalhar pela agricultura. Esses problemas de geopolítica são para o presidente da República, para o chanceler", acrescentou ela.

A ministra disse ainda que já conversou "com muita gente" e que, "apesar do desconforto, as coisas estão calmas".

No que depender do Ministério da Agricultura, afirmou ela, "vamos continuar fazendo com que cresça essa cooperação comercial entre os países do mundo árabe e o Brasil".

A ministra informou que tem reunião marcada para a próxima semana com 51 embaixadores de países árabes e explicou que o Ministério da Agricultura vai manter o diálogo com esses países, que são grandes compradores da produção brasileira de alimentos.

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