Siga a folha

Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Governo quer definir em 180 dias mudanças no setor de combustíveis

Entre as medidas estão mudanças tributárias que permitem venda direta de etanol por usinas a postos

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Rio de Janeiro

O CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) estabeleceu prazo de 180 dias para que órgãos do governo estudem medidas para ampliar a competitividade do setor de combustíveis no país. Entre elas, estão mudanças tributárias que permitam a venda direta de etanol por usinas aos postos.

O CNPE disse ainda que o MME (Ministério de Minas e Energia) vai estudar os modelos contratuais e arranjos societários entre empresas do setor. O alvo são os contratos de exclusividade que postos são obrigados a fechar com as distribuidoras de combustíveis.

Segundo o conselho, que é coordenado pelo MME, o objetivo das propostas é permitir a entrada de novos agentes no mercado brasileiro. A resolução trata de temas que já vinham sendo estudados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), dando prazo para definições.

O estudo sobre a mudança tributária caberá ao Ministério da Economia. O CNPE quer avaliar a possibilidade de implantar a chamada monofasia –quando o imposto é cobrado em apenas uma etapa da cadeia, ao contrário da divisão atual entre as diferentes etapas.

Para a ANP, a mudança é fundamental para a liberação da venda direta de etanol aos postos, medida que, segundo seus defensores, pode baratear o preço do etanol. A proposta encontra resistência no setor mas tem apoio do presidente Jair Bolsonaro

Os temas abordados pelo CNPE são alvo de divergências entre a ANP e as principais distribuidoras de combustíveis do país. Embora defensoras da monofasia há anos, as empresas são contrárias à venda direta de etanol, alegando que estimula fraudes.

As companhias defendem também a manutenção do modelo atual de contratos, que determina fidelidade à bandeira –postos ligados a distribuidoras só poderiam comprar gasolina, por exemplo, da empresa com quem têm contrato. 

O diretor-geral da agência, Décio Oddone, tem defendido a eliminação de restrições contratuais, maior transparência de preços e redução do papel da Petrobras para ampliar a competição.

Segundo ele, no exterior a fidelidade vale apenas para combustíveis aditivados, já que a gasolina comum é um produto padrão. Os temas foram alvos de TPCs (Tomadas Públicas de Contribuição) abertas pela agência, que ainda não havia chegado a uma conclusão. 

A resolução do CNPE desta terça (4) estabelece que as TPCs devem ser concluídas em até 180 dias. Além disso, dá prazo de 240 dias para que a agência avalie outros temas sobre o mercado de combustíveis no país. 

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas