BTG perde um terço do valor de mercado após operação da Lava Jato
Circulação de documento anônimo desencadeou queda dos papéis na Bolsa; banco nega irregularidades
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
As units (grupo de ações) do BTG Pactual recuaram 18,4% nesta segunda-feira (26), ampliando o tombo provocado na sexta-feira (23) pela 64ª fase da Operação Lava Jato, que fez busca e apreensão de documentos na instituição.
Nos dois dias, o banco perdeu R$ 18 bilhões, ou quase um terço de seu valor de mercado. Os papéis fecharam o pregão cotados a R$ 46,46.
As ações chegaram a ensaiar recuperação no começo da manhã desta segunda, mas voltaram a cair após a circulação de um documento que faz parte do processo da operação de sexta.
O arquivo é resultado de uma denúncia anônima feita em 2016 por uma pessoa que se disse ligada ao banco. Nele, são detalhados supostos esquemas de lavagem de dinheiro do BTG. A denúncia afirma que o banco teria um departamento de propinas, semelhante ao da Odebrecht.
Procurado, o BTG afirmou em nota que a notícia é absurda e negou irregularidades.
“Esclarece ainda que as operações mencionadas são fantasiosas e jamais poderiam ter sido sequer registradas nos sistemas de negociação existentes no Brasil e nunca teriam passado despercebidas pelas diversas auditorias e reguladores a que o BTG Pactual se submete”, disse o banco em nota.
Durante a 64ª fase da Lava Jato, na sexta, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra ex-presidentes da Petrobras, Graça Foster, e do BTG Pactual, André Esteves. Quando há busca e apreensão, a polícia busca documentos para aprofundar investigações em curso e localizar provas.
O noticiário negativo foi agravado ainda por um boato. Parte do mercado associou o banco à investigação anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro durante a manhã.
À jornalistas, Bolsonaro afirmou que “está para estourar um problema, um problema não, uma falsa acusação, [contra] uma pessoa importante que tá do meu lado".
Participantes do mercado e usuários de redes sociais conectaram a fala ao ministro da Economia, Paulo Guedes e ao BTG.
Procurado, o BTG afirmou que “Paulo Guedes foi um dos fundadores do Banco Pactual. Atuou na instituição entre 1983 e 1998, e não mantém vínculos com o banco após essa data”.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters