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Puxado por aplicativos, crédito para veículos é o que mais sobe em 2019 entre empresas

Vendas diretas para frotas de locadoras está associado à locação para motoristas de aplicativo

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Brasília | Reuters

O crédito para compra de veículos foi o que mais cresceu neste ano entre todas as modalidades para pessoas jurídicas, mostraram dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Banco Central, num movimento fundamentalmente impactado pela popularização de aplicativos de transporte.

De janeiro a novembro, esse estoque teve alta de 71,1%. Em 12 meses, o crescimento foi de 80%, a R$ 47,853 bilhões.

Em entrevista à imprensa, o chefe adjunto do Departamento de Estatísticas do BC, Renato Baldini, destacou que os números mostram uma nova realidade em relação ao que acontecia em anos anteriores.

"Financiamentos para aquisições de veículos eram principalmente para pessoas físicas, participação de pessoas jurídicas era baixa, isso tem sido bastante alterado", disse.

Segundo Baldini, as vendas diretas para frotas de locadoras têm aumentado, o que está associado à locação de veículos para motoristas de aplicativos.

"Muita gente tem trabalhado nesse segmento sem comprar o carro, eles alugam o carro por períodos longos inclusive. Tem se formado um modelo de negócios que parece resultar nesse dado que a gente tem observado", afirmou.

Dentre as empresas de aplicativos que operam no Brasil, estão companhias como Uber, 99 e Cabify.

Corroborando o quadro favorável para aquisição de veículos pelas empresas, as taxas de juros no segmento também estão em seu menor patamar histórico, de 12% ao ano, em meio à redução dos juros básicos conduzida pelo BC. Atualmente, a Selic está no valor mínimo histórico de 4,5%.

Questionado sobre as perspectivas para 2020, Baldini avaliou que o crédito a veículos para empresas ainda não dá sinais de estabilização.

"Até onde prossegue a gente não sabe, mas aparentemente continua acontecendo", pontuou.

Veículos para famílias

A compra de veículos por pessoas físicas também tem crescido de maneira significativa, embora em menor ritmo, sobre uma base de financiamentos mais ampla.

Nos 11 primeiros meses de 2019, esse estoque subiu 15,8% e, no acumulado em 12 meses, a alta foi de 17,7%, a 197,210 bilhões de reais.

Nesse caso, a taxa média de juros também chegou ao menor patamar da série em novembro, de 19,4% ao ano, apontou o BC.

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