Coletas de dados para desemprego e inflação será por telefone e internet, diz IBGE
Entrevistas presenciais foram suspensas para evitar risco de contágio pelo coronavírus
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O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou nesta quinta (19) que a coleta de dados para as pesquisas de desemprego e inflação será feita por telefone e internet. As entrevistas presenciais foram suspensas esta semana para evitar risco de contágio pelo novo coronavírus.
Em nota, o IBGE disse que as formas alternativas de coleta permitirão que as pesquisas continuem sendo divulgadas durante o período de emergência de saúde pública. Nos dois casos, a divulgação é feita uma vez por mês.
Para a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar) Contínua, que mede a taxa de desemprego, a coleta passa a ser feita por telefone. O IBGE solicita a compreensão da população para atender ligações de agentes do instituto.
Para a pesquisa do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o indicar oficial de inflação no país, a coleta será feita com pesquisas de preços pela internet para os mesmos produtos, modelos, marcas e formas de comercialização. Normalmente, há também visitas a pontos de venda.
"Toda e qualquer opção ou possibilidade concernente a novos métodos alternativos de coleta de preços serão, previamente, testados e validados pelo corpo técnico qualificado do IBGE, de acordo com as melhores recomendações metodológicas, com o objetivo de assegurar a preservação da continuidade da série histórica", disse o instituto.
Na terça (17), o IBGE anunciou o adiamento do Censo Demográfico, também em função da situação de emergência. A pesquisa seria iniciada no próximo dia 1º de agosto e foi adiada para a mesma data em 2021. Com visitas a cerca de 71 milhões de domicílios, o Censo busca traçar um retrato da população brasileira.
Com o adiamento, o IBGE cancelou concurso que contrataria cerca de 208 mil pessoas para trabalhar como agente censitário e recenseador. As provas estavam previstas para o dia 17 de maio.
A campanha Todos pelo Censo, lançada em meio ao embate entre técnicos e a direção do instituto durante a preparação da pesquisa, pediu que, mesmo com o adiamento, os empregados temporários já contratados pela pesquisa. "Mantê-los ajudará a reduzir, para 2021, os atrasos e problemas operacionais que estavam presentes na preparação do Censo 2020", diz o texto.
Além disso, os organizadores da campanha defendem que o desligamento desses funcionários em conjuntura de paralisia econômica "seria extremamente desrespeitoso com esses profissionais que se planejaram para colaborar com o IBGE por período longo de tempo".
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