Siga a folha

Presidente do BC diz que recuperação da economia vem no último trimestre do ano

De acordo com Campos Neto, retomada já era sentida antes da crise

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira (31) esperar a recuperação da economia após o fim da pandemia do coronavírus.

Em entrevista à CNN Brasil, ele afirmou esperar melhoria nos indicadores econômicos no último trimestre deste ano.

"É um exercício [de quanto tempo levaria a recuperação] difícil de se fazer neste momento, é preciso entender várias variáveis que estão se desenvolvendo. Da data da reunião do Copom [quando a Selic, taxa básica de juros, foi cortada para 3,75%] para cá muita coisa mudou, mas entendemos que o último trimestre já será de recuperação, estará começando a melhorar, e no ano que vem teremos boa recuperação", disse.

Jair Bolsonaro e Roberto Campos Neto anunciam medidas econômicas em meio ao coronavírus - Xinhua/Lucio Tavora

De acordo com Campos Neto, a recuperação já era sentida antes da crise.

"As coisas vinham em linha com o que nós esperávamos, que era crescimento no ano de 2%, crédito crescendo forte, a parte imobiliária crescendo forte emprego crescendo forte", afirmou o economista.

"Tivemos essa interrupção [em razão da pandemia do coronavírus], como se tivesse caído um meteoro, não só o Brasil", disse.

Como forma de tentar destravar recursos, a autoridade monetária propôs ao Congresso uma PEC (proposta de emenda à Constituição) para autorizar o BC a comprar diretamente crédito públicos e privados, sem intermediação dos bancos, algo que já é feito pelos bancos centrais de países desenvolvidos.

Campos Neto afirmou, no entanto, que o BC usará o instrumento apenas em situações extremas e já conversa com a Câmara dos Deputados sobre a mudança.

"Há muita ansiedade sobre como os recursos [injeção de liquidez de R$ 1,2 trilhão] chegarão à ponta. Inclusive parte dos recursos de depósitos compulsórios liberados entraram na conta dos bancos ontem [segunda-feira, 30]", disse Campos Neto.

"O BC não podia fazer nada com dívida privada, para comprar crédito direto de empresas precisa ter mudança na Constituição. Mas o instrumento só seria usado em caráter extraordinário, conversei com o [presidente da Câmara] Rodrigo Maia [DEM/RJ] sobre a PEC, e o BC está alinhado", afirmou.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas