Vítimas de Madoff receberão quase US$ 500 mi em indenizações

Pagamento é o sexto do tipo para investidores que caíram em golpe de pirâmide financeira

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Nova York | AFP

As vítimas de Bernard Madoff, autor de um dos piores golpes financeiros da história, receberão US$ 488 milhões (R$ 2,4 bilhões) em reembolsos adicionais de um fundo especial de indenizações, anunciou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Os pagamentos serão feitos a mais de 30 mil vítimas em todo o mundo. Esta será a sexta operação desse tipo, elevando o total de indenizações a quase US$ 3,2 bilhões (R$ 16,2 bilhões).

As autoridades americanas estabeleceram esses fundos para indenizar os afetados pelo golpe, revelado no fim de 2008.

Madoff, de 82 anos, foi condenado em 2009 a 150 anos de prisão por um esquema de pirâmide financeira estimado entre US$ 25 bilhões (R$ 127,1 bilhões) e US$ 63 bilhões (R$ 320,3 bilhões), caso se compute também os juros.

Ele cumpre pena em uma prisão federal na Carolina do Norte, nos EUA.

Em 1997, países do Sudeste e Nordeste asiático enfrentaram crise financeira que interrompeu o crescimento econômico e se estendeu ao plano político, com a queda de governos. Ao todo foram três vezes que o circuit breaker foi acionado. Nos anos seguintes, contaminou outros países emergentes, como Rússia, Brasil e Argentina, tornando-se a primeira crise da era das finanças globais. O fenômeno foi disparado por processo de fuga de capital e deflação de ativos financeiros das economias da região. AFP/Mladen Antonov

Em 1998, a Rússia viveu o reflexo da crise asiática do ano anterior. Com isso, o mercado financeiro russo teve fuga de capitais, bancos em crise, e queda do preço do petróleo, principal fonte de moeda forte para o país. Em apenas um ano, a Bolsa brasileira foi interrompida cinco vezes. O governo russo, com menos recursos, se viu sem condições de pagar dívidas externa e interna. Não tinha recursos para pagar salários de funcionários públicos, militares e manter serviços estatais, como hospitais. AFP/Alexander Nemenov

No Brasil, o regime de câmbio flutuante foi adotado logo após a maxidesvalorização do real, ocorrida em janeiro de 1999. Em dois meses, o dólar disparou 73,6%, pulando de R$ 1,21 para R$ 2,10. A partir de então, o Banco Central abandonou o regime de bandas cambiais, que mantinha o dólar quase fixo, passando a operar em regime de câmbio flutuante. Naquele ano, a Bolsa brasileira interrompeu suas negociações duas vezes. Folhapress/Lula Marques

Nos anos 2000, o mercado imobiliário americano estava aquecido pela alta oferta de crédito. Os financiamentos eram feitos com garantia em imóveis, e bancos repassavam esses créditos como investimentos. No entanto, tomaram crédito pessoas que não tinham como pagar (subprime, ou, de segunda linha, em inglês), gerando calote em série e a queda brusca do preço dos investimentos e dos imóveis. O banco de investimento Lehman Brothers, que negociava esses papéis, faliu em 2008. No Brasil, a Bolsa de Valores foi interrompida seis vezes.. AFP/Nicholas Roberts

Em 2017, veio a público a informação de que Joesley Batista gravara conversa com o então presidente Michel Temer (MDB). Naquele dia a Bolsa brasileira foi fechada durante 30 minutos, quando as quedas superam 10%. AFP/Evaristo Sa

No dia 9 de março a medida voltou a ser acionada logo na abertura dos negócios. O avanço do coronavírus e a guerra de preço do petróleo derreteram o mercados de ações na sessão, na qual a Bolsa brasileira fechou na pior queda do século, com recuo de 12,17%. AFP/STR

No dia 11 de março, pouco depois da OMS (Organização Mundial da Saúde) classificar que há uma pandemia do novo coronavírus em curso no mundo, o Ibovespa caiu mais de 10% e atingiu o segundo circuit breaker da semana, às 15h15. O índice chegou a alcançar os 82.887 pontos antes de ter o pregão suspenso. AFP/Alberto Pizzoli

O clima de pânico continuou no dia 12 de março. A Bolsa brasileira novamente bateu os 10% e o circuit breaker foi acionado pela terceira vez na semana e duas vezes no dia. AFP/Yasin Akgul

Na quarta (18), por volta das 13h17, o Ibovespa caiu mais de 10% e acionou o circuit breaker por 30 minutos. Na volta dos negócios, o índice fechou em queda de 10,35%. AFP/Hector Retamal

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