Biden seguirá com plano de infraestrutura mesmo sem apoio republicano, diz secretária de Energia
Granholm afirma que presidente poderá usar um dispositivo legislativo, conhecido como reconciliação
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está disposto a levar adiante seu plano de infraestrutura no valor de US$ 2 trilhões mesmo sem o apoio dos parlamentares republicanos, caso não consiga chegar a um acordo bipartidário, disse a secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, neste domingo (4).
Granholm disse que Biden prefere que seu plano tenha o apoio dos republicanos, mas que, caso isso não ocorra, provavelmente fará uso de um dispositivo legislativo, conhecido como “reconciliação”, para permitir que os democratas aprovem o projeto no Senado.
"Como ele disse, ele foi enviado à Presidência para fazer um trabalho pela América. E se a grande maioria dos americanos, democratas e republicanos, em todo o país, apoiar os gastos em nosso país e não nos permitir perder a corrida global, ele seguirá adiante", disse Granholm à CNN americana.
A ferramenta da "reconciliação" permite a aprovação de projetos orçamentários no Senado por maioria simples, que atualmente os democratas possuem, em vez de uma maioria qualificada normalmente necessária.
Atualmente, a maioria dos norte-americanos apoia o plano do presidente democrata, disse Granholm —uma de várias autoridades de primeiro escalão do governo Biden que promoveram o plano de infraestrutura em noticiários deste domingo.
Desde que assumiu o cargo em janeiro, o presidente democrata disse repetidas vezes que deseja trabalhar com os republicanos.
No entanto, o plano de infraestrutura —sua segunda grande iniciativa legislativa —dificilmente deve atrair mais apoio bipartidário do que o primeiro, um pacote de alívio contra a Covid-19 de US$ 1,9 trilhão que foi aprovado apenas com apoio democrata no mês passado, usando a ferramenta da "reconciliação".
O líder republicano do Senado, Mitch McConnell, disse na semana passada que o plano de infraestrutura de Biden era "ousado e audacioso", mas que aumentaria os impostos e a dívida. Ele prometeu lutar contra o projeto.
O senador republicano Roy Blunt pediu ao governo neste domingo que reduza o plano, se concentrando no básico.
"Se olharmos para estradas, pontes, portos e aeroportos, e talvez até sistemas de água subterrânea e banda larga, você ainda estaria falando sobre menos de 30% de todo este pacote", disse Blunt à Fox.
O senador disse acreditar que um plano menos ambicioso, de cerca de US$ 615 bilhões, seria mais palatável para ser votado pelos seus colegas republicanos no Congresso.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters