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Brasil tem superávit em transações correntes de US$ 5,7 bi em abril, abaixo do esperado

Investimentos diretos no país também ficam abaixo da expectativa

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Camila Moreira
São Paulo | Reuters

O Brasil registrou em abril superávit em transações correntes de US$ 5,6 bilhões (R$ 30 bilhões), de acordo com os dados informados pelo Banco Central nesta quarta-feira (26).

Após esse resultado, o déficit em 12 meses chegou a 0,84% do PIB (Produto Interno Bruto), ante 1,23% do PIB em março.

O resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters com analistas de superávit de US$ 6,2 bilhões (R$ 32,9 bilhões) em abril.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto - Pedro Ladeira - 1.out.20/Folhapress

Os investimentos diretos no país alcançaram US$ 3,5 bilhões (R$ 18,8 bilhões), também abaixo da expectativa, que era de US$ 5 bilhões (R$ 26,5 bilhões).

Para o mês de maio, o BC projetou um superávit em transações correntes de US$ 3,6 bilhões (R$ 19 bilhões) e investimentos diretos no país de US$ 2,3 bilhões (R$ 12,2 bilhões).

De acordo com a autarquia, até o dia 21 deste mês o fluxo cambial ficou negativo em US$ 1,1 bilhão (R$ 5,9 bilhões).

O Copom (Comitê de Política Monetária) é o órgão do Banco Central, formado pelo seu presidente e diretores, que define a cada 45 dias a taxa básica de juros da economia, a Selic. /

A Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo BC para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como os juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras. Marcelo Camargo/Agência Brasil/

A Selic é apurada nas operações de empréstimos de um dia entre as instituições financeiras que utilizam títulos públicos federais como garantia. O BC opera no mercado de títulos para que a taxa esteja em linha com a Selic definida pelo Copom. Marcelo Camargo/Agência Brasil/

Uma redução da Selic diminui o custo de captação dos bancos, que poderiam emprestar com juros menores. Isso estimula o consumo e também pode favorecer o aumento da inflação, que precisa ficar na meta fixada pelo governo. O Brasil adota o regime de metas para a inflação desde 1999. Marcelo Camargo/Agência Brasil/

No Brasil, a meta para a inflação é definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional, que inclui BC e Ministério da Economia) e cabe ao BC adotar as medidas necessárias para alcançá-la. O índice de preços utilizado é o IPCA, calculado pelo IBGE. /

Em março de 1999, quando o regime de metas entrou em vigor, a Selic chegou ao seu máximo histórico, de 45% ao ano. Um ano depois, tinha recuado para 19% ao ano. Em 2009, ficou abaixo de 10% pela primeira vez. Em 2012, chegou a 7,25% ao ano, no governo Dilma Rousseff. No governo Michel Temer, os juros atingiram a mínima de 6,50% ano. No governo Jair Bolsonaro, voltaram a cair. Folhapress/Pedro Ladeira

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