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Sede histórica da Abril na Marginal Tietê é leiloada por R$ 118,78 milhões

Atenção do grupo se volta para o novo prédio, no Alto da Lapa, que deve adotar modelo híbrido, entre presencial e home office

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São Paulo

Os prédios que compõem a sede histórica da Editora Abril na Marginal Tietê, em São Paulo, foram arrematados por R$ 118,78 milhões em leilão encerrado nesta sexta (21), no final da manhã.

O lance mínimo pelos imóveis, cuja inauguração foi em 1968, era de R$ 110,53 milhões. Não foi anunciado o nome do comprador.

A venda é parte do Plano de Recuperação Judicial do Grupo Abril, aprovado em agosto de 2019, visando enfrentar uma dívida que passava então de R$ 1,6 bilhão.

A revista Exame já havia sido arrematada por R$ 72,3 milhões pelo BTG Pactual, que hoje detém a maior parte da dívida do grupo. Uma outra unidade ainda será leiloada, reunindo imóveis de Campos do Jordão, no interior paulista.

A atenção do grupo se volta agora para a nova sede, na rua Cerro Corá, Alto da Lapa, zona oeste de São Paulo. O prédio está em fase final de reforma e, pós-pandemia, deverá incorporar um novo formato de trabalho.

Fachada da antiga sede da editora Abril, na Marginal Tietê, em São Paulo - Gabriel Cabral - 20.mai.21/Folhapress

Segundo o empresário e advogado Fábio Carvalho, que comprou a empresa da família Civita no final de 2018, os veículos da Abril, encabeçados pela revista Veja, estão em trabalho 100% remoto desde março de 2020, regime que deve ser mantido, em parte.

"Tomamos a decisão de que o modelo preponderante de trabalho na Abril daqui para a frente será híbrido, com a maior parte dos colaboradores podendo trabalhar remotamente parcelas superiores a 50% do tempo", diz ele.

"O escritório novo privilegiará espaços de convivência e colaboração e será usado primordialmente para os momentos em que for mais interessante e mais produtivo para os times se encontrarem presencialmente." Com isso, "a presença deixa de ser uma obrigatoriedade".

Prédio que abrigará a nova sede da editora Abril - Gabriel Cabral - 20.mai.21/Folhapress

O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, Paulo Zocchi, diz que a entidade "defende que haja manutenção da jornada de trabalho, que a empresa arque com todos os custos do trabalho em home office e que continue responsável pelas condições de saúde dos funcionários".

Defende também que "haja plena liberdade de escolha para quem preferir trabalhar presencialmente".

Segundo Zocchi, "o sindicato vê que a empresa está obtendo grande vantagem financeira, pois poderá alugar um imóvel bem menor do que seria necessário para abrigar todas as redações", o que "permite um suporte financeiro aos funcionários em teletrabalho".

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