Siga a folha

Descrição de chapéu clima chuva juros

Crise hídrica afeta inflação e preço de alimentos, diz presidente do BC

Campos Neto afirmou ainda que mudanças climáticas podem impactar juros e mercado de crédito

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira (2) que a crise hídrica vivida atualmente no Brasil afeta a inflação e, por isso, mudanças climáticas estão cada vez mais no radar da autoridade monetária.

"Como isso afeta a política monetária? Estamos falando sobre crise de energia no Brasil novamente, porque não está chovendo o suficiente. Isso tem efeito na inflação, no preço dos alimentos, afeta tudo que fazemos. Está muito ligado ao nosso mandato", disse em evento promovido pelo BIS (Bank for International Settlements).

Segundo o titular do BC, os choques climáticos também podem afetar a taxa de juros e o mercado de crédito.


"Isso [mudanças climáticas] cria muitos desafios mas também muitas oportunidades", afirmou. Para ele, a indústria de finanças sustentáveis pode ser ainda mais criativa e produtiva.

Campos Neto reiterou que a sociedade demanda que o crescimento econômico seja sustentável e inclusivo. "A maturidade da população nesse aspecto mudou completamente [nos últimos anos]", pontuou.


O presidente do BC lembrou que o tema era tratado em um departamento dentro da autarquia e recentemente foi ampliado para uma dimensão na agenda institucional.

"Se queremos realmente mudar a cultura não podemos ser só um departamento, porque [o tema] precisa estar na cabeça de todo mundo", frisou.

"O primeiro dilema é que olhamos em volta e vemos medidas que se parecem mais com cartas de intenção. Se queremos ter resultados de forma transparente temos que fazer mais que uma carta de intenção e deixar que o mercado entenda dessa forma", ponderou.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas