FMI está revisando relatório sobre ações de Georgieva no Banco Mundial, diz porta-voz
Documento afirma que houve pressão para impulsionar China em ranking
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O conselho executivo do Fundo Monetário Internacional está revisando o relatório de ética sobre as ações da diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, durante sua atuação como presidente-executiva do Banco Mundial, disse nesta sexta-feira (17) o porta-voz do FMI Gerry Rice.
Georgieva afirmou que não concorda "substancialmente com as conclusões e interpretações" do relatório, que alega que ela e outras autoridades do Banco Mundial pressionaram os funcionários para impulsionar o ranking da China no relatório anual da instituição, o "Doing Bussiness" (Fazendo Negócios). Ela falou com a diretoria sobre a questão na quinta-feira.
"O conselho do FMI está atualmente revisando esse assunto", disse Rice à Reuters, acrescentando: "como parte do procedimento regular em tais assuntos, o comitê de ética vai informar o conselho."
O relatório foi encomendado pelo Banco Mundial à firma de advocacia WilmerHale. Ele foi apresentado internamente na quarta-feira (15) e divulgado pelo conselho da instituição na quinta (16).
Após a divulgação do documento, o banco anunciou o encerramento da publicação do Doing Business por causa de preocupações éticas sobre a conduta de membros atuais e passados da equipe envolvida em sua preparação.
O relatório da WilmerHale concluiu que na edição de 2018 de Doing Business a classificação geral da China foi mantida artificialmente em 78º lugar —a mesma que no ano anterior— em consequência de mudanças tardias que elevaram sua posição do 85º lugar.
O documento afirma que Georgieva dirigiu esforços para melhorar a nota da China num momento em que estava "absorvida" em campanha para conseguir um aumento de capital para o Banco Mundial.
Segundo o relatório, durante os preparativos de Doing Business 2018, autoridades graduadas do governo chinês "expressaram repetidamente suas preocupações" ao então presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, e outros diretores do banco de que a classificação do país "não refletia acuradamente suas reformas econômicas".
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