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Twitter sob Elon Musk deve mudar seu modelo de negócios

Bilionário quer liberdade de expressão 'absoluta' na plataforma e, ao mesmo tempo, viabilidade financeira

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São Paulo

Embora seja listado junto a Facebook, Instagram e YouTube entre as redes sociais americanas, o Twitter não tem a posição hegemônica das demais.

É a mais próxima do jornalismo político e econômico, inclusive pela presença de repórteres e fontes na plataforma, e a aquisição por Elon Musk reflete a encruzilhada que a mídia encara hoje nos EUA.

O empresário quer a plataforma, sua preferida, na qual ele é protagonista, incorporando uma liberdade de expressão "absoluta". Sem cancelamentos, que se tornaram norma na virada para o governo Joe Biden.

Montagem com perfil de Elon Musk no Twitter e logotipo da rede social - Dado Ruvic/Ilustração/Reuters


A eleição de 2020 foi aquela em que a imprensa, majoritariamente pró-democrata, acabou se associando às plataformas para restabelecer o poder dos porteiros ou guardiões da informação, "gatekeepers".

A entrada de Musk em mídia social é questionada como um resgate da voz antidemocrática, trumpista, mas ele não está só com os republicanos na reação aos cancelamentos e às restrições de compartilhamento.

Há um mês, o New York Times afirmou no editorial "América tem um problema de liberdade de expressão" que "muitos progressistas se tornaram intolerantes com aqueles que expressam outras opiniões".


Criticando a cultura do cancelamento, o jornal anunciou um projeto de cobertura de longo prazo para identificar e combater as ameaças à liberdade de expressão, sobretudo em mídia social.

Ao mesmo tempo, reconheceu afinal que os emails de Hunter Biden, filho de Joe, noticiados às vésperas da eleição de 2020 e "cancelados" tanto pelo NYT quanto pelo Twitter, eram verdadeiros.

No episódio, o Twitter foi mais fundo que todos, não apenas suprimindo as mensagens sobre o assunto, mas derrubando a conta do New York Post, jornal de 220 anos que havia noticiado os emails corretamente.


É essa a plataforma que Elon Musk quer tirar do buraco, não só jornalístico, mas empresarial. Mais que dinheiro, ele oferece aos atuais controladores a busca de um modelo de negócios que, enfim, funcione.

O Twitter nunca chegou a Facebook, Instagram ou YouTube, em parte, por não viabilizar uma receita publicitária mínima. Musk não detalhou o que pretende, mas sinalizou que é uma das frentes em que vai agir.

Talvez então a plataforma se torne, de fato, uma preocupação para os governos que vêm, da Europa à China, buscando conter o poder dos gigantes de tecnologia. Por enquanto, o Twitter está na liga amadora.


Raio-X do Twitter

  • Valor de mercado (às 12h desta segunda) - US$ 38,73 bilhões
  • Receita em 2021 - US$ 5 bilhões
  • Resultado em 2021 - Prejuízo líquido de US$ 221 milhões
  • Número de funcionários - 7.500
  • Número de usuários - 217 milhões

Acompanhe a história do Twitter

  • 21 de março de 2006 > Fundação –Jack Dorsey, cofundador e CEO, publica o primeiro tuíte
  • Mar.2007 > Rede social tem salto de popularidade durante o festival SXSW (South by Southwest), atingindo 60 mil tuítes por dia
  • Out.2008 > Evan Williams se torna o CEO
  • Fev.2010 > Rede atinge 50 milhões de tuítes por dia
  • Out.2010 > Dick Costolo se torna CEO
  • Dez.2010 > Twitter levanta US$ 200 milhões e atinge valorização de US$ 3,7 bilhões
  • Mar.2011 > Rede atinge 140 milhões de tuítes por dia
  • Jun.2011 > Lançamento da versão em português
  • Out.2013 > Anúncio do IPO na NYSE (New York Stock Exchange)
  • Nov.2013 > Twitter atinge valor de mercado de US$ 31 bilhões
  • Out.2015 > Jack Dorsey retorna ao cargo de CEO
  • Jan.2021 > Twitter exclui conta de Donald Trump por risco de incitação à violência
  • Nov.2021 > Dorsey deixa o Twitter e Parag Agrawal assume a presidência
  • Mar.2022 > Elon Musk compra participação de 9,2% no Twitter
  • Abr.2022 > Musk faz oferta de US$ 43 bilhões

Fontes: Twitter, NYSE, Wikipedia

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