Bitcoin tomba 50% em 6 meses, empresa de carro voador na Bolsa de NY e o que importa no mercado
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Empresa de carros voadores da Embraer na Bolsa de NY
A Eve, empresa da Embraer que produz aeronaves conhecidas como carros voadores, passa a ter ações negociadas na Bolsa de Nova York (Nyse) a partir desta terça (10).
Entenda: o negócio foi feito a partir da fusão da empresa com a Zanite, um veículo de aquisição de propósito específico (Spac).
- Esse formato funciona como uma espécie de cheque em branco dos acionistas aos investidores, que buscam projetos para alocar o capital só depois de captar os recursos.
O negócio: agora que a transação foi concluída, a Zenite muda de nome para Eve. A Embraer continua sendo a controladora da empresa, sendo dona de 90% das ações com direito a voto.
- Na época em que a fusão foi anunciada, no fim do ano passado, o negócio avaliava a Eve em US$ 2,9 bilhões (R$ 14,9 bilhões).
- As projeções apontavam para uma receita de US$ 4,5 bilhões (R$ 23,1 bilhões) em 2030, e uma participação de 15% no mercado global de mobilidade urbana aérea.
O que são carros voadores: os eVTOLs (veículos elétricos com pouso e decolagem vertical) são considerados uma alternativa mais barata, silenciosa e menos poluente que os helicópteros.
- A Eve recebeu mais de mil encomendas e espera entregar 340 unidades até 2027.
- Na semana passada, a empresa publicou diretrizes para que suas aeronaves elétricas possam ser usadas no Rio de Janeiro.
Bitcoin cai 50% em seis meses; Bolsa zera no ano
O bitcoin chegou a cair mais de 10% nesta segunda (9), para o nível de US$ 30 mil (R$ 154 mil), patamar que a cripto não registrava desde julho do ano passado.
Em números: o bitcoin acumula queda de mais de 35% no ano e perdeu mais da metade do valor em relação ao preço máximo de US$ 69 mil (R$ 350,1 mil) atingido em novembro passado.
- Nayib Bukele, presidente de El Salvador, país que tem a moeda como oficial ao lado do dólar, disse que aproveitou a queda para comprar mais bitcoins.
- Outras criptos também sofrem. O ether, a segunda maior do mundo, caiu para US$ 2.360 (R$ 11,9 mil), o menor nível desde fevereiro.
O que explica: se há alguns anos chegou a ser considerado um ativo sem muita relação com as Bolsas, a lógica do bitcoin mudou desde que passou a ser negociado por grandes fundos e gestoras que mexem com bastante dinheiro e seguem a dinâmicados mercados tradicionais.
- Pelo seu fator de risco, a cripto passou a seguir o movimento visto na Nasdaq, a Bolsa americana que reúne grandes empresas de tecnologia.
- Esses ativos também costumam sofrer mais em períodos de aversão a risco nos mercados, como é o atual.
Mais sobre investimentos:
A Bolsa brasileira mais uma vez seguiu o mau humor lá de fora e fechou em queda de 1,79%, aos 103.250 pontos, com o mercado reagindo a dados fracos da economia chinesa.
- Com o recuo, o Ibovespa perdeu os ganhos do ano e está 15% abaixo da máxima de 2022, atingida no começo de abril. O dólar subiu 1,61%, a R$ 5,16.
Nubank na mínima: as ações da fintech despencaram 14,41% nesta segunda na Bolsa de Nova York e chegaram a US$ 3,80 (R$ 19,50). É uma queda de 54,55% em relação aos US$ 9 (R$ 46,30) do IPO.
- Os papéis do banco digital têm sofrido mais diante da expectativa do mercado de que o Nubank deve sofrer com o avanço na inadimplência em um cenário de alta das taxas de juros no Brasil.
Diesel tem novo aumento
A Petrobras anunciou nesta segunda um novo reajuste no diesel e aumentou o preço médio do combustível em 8,87% nas suas refinarias.
É o primeiro aumento da estatal em 60 dias.
O que explica: o motivo mais uma vez é a defasagem em relação aos preços praticados no mercado internacional. O momento é ainda mais complicado para o diesel porque a oferta global não está acompanhando a alta da demanda pelo combustível.
- O reajuste da Petrobras vem após o alerta dos importadores e dos postos de que o combustível poderia ter seu abastecimento prejudicado em algumas regiões.
- O mercado brasileiro depende de cerca de 30% do diesel que vem de fora.
Em números:
- Antes do reajuste, o preço do diesel no país estava R$ 0,94 por litro abaixo da paridade de importação –conceito que simula quanto custaria para trazer o combustível para cá.
- Após o reajuste, a diferença caiu para R$ 0,61 por litro. A gasolina, que não teve seu preço alterado, seguia com uma defasagem de R$ 0,93 por litro, sem contar a queda do petróleo desta segunda.
Os cálculos são da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).
Aumento em cadeia: por mais que a maioria dos consumidores não sinta a alta do diesel na hora de abastecer, o impacto chegará aos produtos consumidos no dia a dia, dada a dependência do país ao transporte rodoviário de cargas.
- A alta também pressiona o transporte público. Na semana passada, a associação das empresas de ônibus disse que um novo aumento no diesel poderia deixar as cidades sem ônibus em horários fora do pico.
Governo vai cortar mais impostos
O governo estuda um corte de 10% na tarifa de importação praticada pelo Brasil e também prepara uma medida para zerar o imposto de importação de 11 produtos.
A lista, que inclui o aço e itens da cesta básica, não foi divulgada na íntegra.
O que explica: o objetivo é aumentar a oferta de determinados produtos no país na tentativa de fazer com que os preços deles caiam e a inflação perca um pouco da força.
- O governo usa o contexto de elevação da arrecadação federal para cortar impostos, argumento que preocupa os analistas pelo potencial de danos às contas públicas no futuro.
Outras iniciativas: a proposta de zerar o imposto de importação sobre determinados produtos foi tomada em março. O governo cortou a tarifa para o etanol e seis itens da cesta básica, a um custo de R$ 1 bilhão por ano.
- Um corte de 10% na tarifa de importação também foi adotado há cerca de seis meses.
Outras medidas avaliadas para o ano eleitoral:
- Mudar os planos do uso dos recursos da privatização da Eletrobras para aliviar os reajustes na tarifa de energia neste ano.
- O ministro Paulo Guedes (Economia) defende o andamento de uma reforma do IR (Imposto de Renda) mais enxuta, reduzindo a tributação sobre as empresas e taxando os super-ricos.
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