Acompanhou as notícias que mexeram com o mercado na semana? Teste no quiz
Edição da newsletter FolhaMercado tem perguntas sobre alta do dólar, equipe que vai tocar a transição na economia, banco que perdeu R$ 32 bilhões em um dia e mais
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Esta é a edição da newsletter FolhaMercado desta sexta-feira (11). Quer recebê-la de segunda a sexta, às 7h, no seu email? Inscreva-se abaixo:
A quinta-feira vermelha no mercado
A quinta (9) foi um dia de alta tensão no mercado financeiro brasileiro, que amanheceu digerindo uma inflação mais alta que o previsto e reagiu muito mal a críticas do presidente eleito Lula (PT) a regras que limitam os gastos públicos.
Enquanto isso, nos EUA os índices acionários tiveram seu melhor dia desde 2020 em reação a uma inflação menor que o esperado (veja mais abaixo). O S&P500 subiu 5,54%, enquanto a Nasdaq disparou 7,35%.
Em números: o dólar disparou 4,08% e fechou a R$ 5,39. Foi a maior alta diária da moeda americana ante o real desde o dia 16 de março de 2020, no início da pandemia.
- O Ibovespa tombou 3,35%, aos 109.775 pontos, na queda mais brusca do ano.
- Os juros futuros, outro parâmetro para captar o estresse no mercado, dispararam. As taxas dos contratos DI (depósitos interbancários) com vencimento em 2024 saltavam de 13,05% para 13,63% ao ano.
O que explica: o IPCA mais alto que o esperado (veja mais abaixo) foi negativo porque pode significar que os juros irão demorar mais para cair. O gatilho para a sangria nos ativos, porém, foram as declarações de Lula.
- "Por que pessoas são levadas a sofrer para garantir a tal da estabilidade fiscal nesse país? Por que toda hora as pessoas dizem que é preciso cortar gasto, que é preciso fazer superávit, que é preciso ter teto de gastos?", afirmou o presidente eleito a parlamentares de partidos aliados.
Por que as falas pegaram tão mal? Além de sinalizar uma falta de compromisso com as contas públicas, elas aconteceram em um momento de muitas incertezas sobre como será a agenda econômica do próximo governo.
- No começo da semana, os nomes da equipe que vai cuidar da transição na economia agradaram.
- O mercado ainda espera, porém, pela definição sobre o ministro da Fazenda, por um plano para controlar a alta da dívida e pelo tamanho das despesas que serão colocadas na PEC da Transição –que ainda tem desenho indefinido.
- Lula ironizou a reação. "O mercado fica nervoso à toa. Nunca vi o mercado tão sensível como o nosso. É engraçado que esse mercado não ficou nervoso em quatro anos de [Jair] Bolsonaro (PL)", afirmou.
- O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) também comentou: "Se há alguém que teve responsabilidade fiscal, foi o governo Lula".
A repercussão às falas de Lula e à reação do mercado:
- Arminio Fraga responde a discurso do presidente eleito: responsabilidade fiscal ajuda os mais pobres.
- Lula falou de um conflito (entre gasto social e responsabilidade fiscal) que não existe, diz Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do BC.
- Opinião | Vinicius Torres Freire: Como Lula pode consertar o estrago da semana; presidente eleito e aliados decidiram brigar com a realidade.
Reações opostas à inflação no Brasil e nos EUA
Os índices de inflação ao consumidor no Brasil e nos EUA de outubro foram divulgados nesta quinta e geraram sentimentos contrários entre os investidores.
No Brasil, o IPCA subiu 0,59% no mês passado, a primeira alta depois de três meses de deflação. O avanço veio acima das projeções do mercado, cuja mediana era de 0,49%. Em 12 meses, o indicador acumulou alta de 6,47%.
- Dos 9 grupos de produtos e serviços, 8 tiveram avanço em outubro. Destaque para o grupo de alimentos e bebidas, que subiu 0,72% e teve o maior impacto no índice (0,16 ponto).
- O segmento foi puxado pela alimentação no domicílio (0,80%). Destaque para as altas de batata-inglesa (23,36%), tomate (17,63%), cebola (9,31%) e frutas (3,56%).
Nos EUA, o índice ao consumidor desacelerou mais que o mercado esperava. A alta acumulada em 12 meses até outubro chegou a 7,7%, e a mediana dos analistas previa avanço de 7,9%.
- O núcleo da inflação, que retira da conta itens voláteis como energia e alimentos, também recuou mais que a projeção.
- O reflexo foi uma alta generalizada nos ativos de risco nos EUA. Para os especialistas, o resultado da inflação pode levar o Fed a reduzir o aumento de juros de 0,75 ponto para 0,5 ponto já na próxima reunião.
Dê uma pausa
- Para assistir "A Arte de Economizar" - na Netflix
Está com dificuldade para colocar as contas em dia? Pediu um empréstimo e ele virou uma bola de neve difícil de superar? Em um momento de Selic a 13,75% ao ano e de inadimplência recorde da população brasileira, essas situações não são raras de observar.
- Um documentário lançado recentemente na Netflix mostra quatro consultores em finanças pessoais ensinando pessoas com diferentes orçamentos a ter disciplina com as contas.
- Apesar de ser uma produção dos EUA, muitos dos conselhos são universais e adaptáveis à realidade brasileira, como o corte de gastos supérfluos e a orientação de investir o dinheiro que sobra para obter um rendimento acima da inflação.
Opções: não faltam conteúdos gratuitos em português sobre o assunto. As influenciadoras Nathalia Arcuri, do canal Me Poupe!, e Nathália Rodrigues, do Nath Finanças, são alguns dos exemplos.
Além da economia:
- GuiaFolha: Dez músicas essenciais para conhecer a carreira de Gal Costa, morta aos 77 anos.
- Multitela: A poucos dias da Copa, futebol domina estreias pelo streaming.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters