Lucro e dividendos da Petrobras, quiz de notícias da semana e o que importa no mercado

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Petrobras: lucro de R$ 46,1 bi e dividendos contestados

A Petrobras teve lucro de R$ 46,1 bilhões no terceiro trimestre de 2022. É o quarto maior já registrado por uma companhia brasileira, segundo dados da plataforma TradeMap.

  • A estatal anunciou a distribuição de R$ 43,7 bilhões em dividendos referentes ao desempenho no período, totalizando R$ 180 bilhões em recursos destinados aos acionistas em 2022.
  • O governo federal tem direito a 36,6% dos dividendos por sua participação na companhia (via União e BNDES).

Mais números: no terceiro trimestre, o lucro da Petrobras recuou em relação aos três meses anteriores, mas subiu 48% na comparação ano a ano.

  • O movimento está relacionado ao preço do petróleo no mercado internacional. No terceiro trimestre, ele foi, em média, de US$ 100,85 por barril, queda de 11,4% em relação ao trimestre anterior.

Estratégia contestada: associações ligadas a sindicatos de trabalhadores da estatal prometem ir à Justiça para tentar impedir nova distribuição dos dividendos às vésperas da mudança de governo.

  • Eles alegam que a decisão deveria ficar para a nova gestão da companhia.
  • A proposta recebeu críticas também da presidente do PT, Gleisi Hoffmann. "Passada a eleição volta a sangria na Petrobras", afirmou.

A atual política de dividendos foi implantada na gestão Roberto Castello Branco, o primeiro presidente da estatal sob Jair Bolsonaro (PL).

  • Ela prevê a distribuição de 60% da geração de caixa da companhia, descontados os gastos com investimentos, a cada trimestre em que a dívida bruta estiver abaixo de US$ 65 bilhões –o que vem acontecendo desde o meio do ano passado.

Quem deve assumir a Petrobras no governo Lula? O indicado deve ser definido apenas quando o novo governo estiver próximo de assumir, mas a Folha mostrou que um nome forte é o do senador Jean Paul Prates (PT-RN).

  • Veja aqui outros cotados para cargos importantes na economia.

Shein no shopping

A chinesa Shein vai montar uma loja temporária (pop-up) no shopping Vila Olímpia, na zona sul de São Paulo, por cinco dias, de 12 a 16 de novembro.

Será a estreia da varejista online de moda na venda presencial de roupas no país. Em março, ela havia montado um showroom no shopping Village Mall, no Rio.

O que explica: a loja temporária servirá para medir a temperatura do consumidor brasileiro para um projeto desse tipo da varejista por aqui.

  • Em um espaço de 265 m², cerca de 11 mil peças estarão disponíveis para compra, entre acessórios, moda feminina e masculina.
  • Os visitantes vão receber 15% de desconto para compras na loja e aplicativo.

Entenda: a Shein (lê-se xi-in), considerada a "Zara chinesa", tem milhares de modelos de baixo custo e revolucionou o fast fashion, que é caracterizado pela alta rotatividade de coleções.

  • Seu grande segredo está no sistema com dados de novos pedidos e tendências em tempo real, que é integrado aos fabricantes parceiros.
  • Na loja online, é possível encontrar 80 mil opções de vestidos a partir de R$ 15 e 9.700 calças cujos preços começam em R$ 19.

Em números: em 2021, 21% dos consumidores brasileiros que fizeram compras online adquiriram produtos da Shein. No ano anterior, esse percentual era nulo.

  • Entre os sites cross-border (internacionais), o salto dela de um ano para o outro só foi menor que o do também asiático Shopee (8% - 58%).

Dê uma pausa

  • Para assistir: "CEO em Fuga: A História de Carlos Ghosn", na Netflix

O documentário entrevista ex-funcionários e pessoas próximas a Carlos Ghosn para mostrar como o executivo nascido em Porto Velho (RO) mudou o rumo do grupo Renault-Nissan, acabou preso anos depois e relata detalhes de sua incrível fuga para o Líbano.

Relembre: Ghosn foi preso em novembro de 2018 no Japão sob acusações de que não declarou às autoridades sua remuneração real, o que ele nega. A fuga aconteceu em dezembro de 2019, oito meses depois que foi para prisão domiciliar.

  • Além de ser brasileiro, o executivo também tem cidadanias francesa e libanesa, país em que mora até hoje e que não tem acordo de extradição com o Japão.

Para escapar da prisão domiciliar no Japão, o ex-CEO contou com a ajuda de ao menos 15 pessoas em uma trama que durou meses de planejamento. No trajeto até o avião, ele teve que ficar escondido em uma caixa de instrumentos.

  • "Os 30 minutos de espera na caixa do avião, aguardando a decolagem, foi provavelmente a espera mais longa que já tive na minha vida", disse o executivo no ano passado em uma entrevista à BBC, reproduzida pela Folha.

Além da economia:

  • Expresso Ilustrada: Podcast discute o hit das eleições, "Tá Na Hora do Jair Já Ir Embora".
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